Por conta do alfabeto vogal japonês, o katakana, delegação do Brasil entrará na Cerimônia de Abertura da Olimpíada de Tóquio como a 151ª; apenas Bruno Rezende Katleyn Quadros
O desfile das delegações é um dos mais esperados e mais tradicionais momentos da Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos. Na Olimpíada de Tóquio, porém, os torcedores brasileiros vão esperar mais do que o normal. E vão estranhar um pouco. Serão apenas dois atletas do Brasil desfilando, e entrando como o 151º país.
A posição é novidade para o país na história dos Jogos Olímpicos. Nem mesmo na edição de 1964, que também foi no Japão, os competidores brasileiros entraram tão tarde na lista das delegações.
O que acontece é o uso do alfabeto vogal japonês, o katakana, que, além de utilizar outra sequência de letras — as vogais vêm primeiro, e na sequência a/i/u/e/o — “altera” boa parte das palavras de origem estrangeira. Brasil, por exemplo, é lido como “bura” ou “Burajiru”.
Assim, os atletas brasileiros, que normalmente entravam entre as primeiras seleções, vão para o final da fila, como a 151ª de 206 delegações, e depois de países que normalmente entrariam seriam os últimos, como o Uruguai, por exemplo.
Brasil entra com somente dois atletas do desfile da abertura
Além de demorar mais para entrar no desfile da cerimônia de abertura, o Brasil o fará de maneira menos festeira. Serão apenas dois atletas representando a delegação, Bruno Rezende, do vôlei, e Katleyn Quadros, do judô.
Os dois serão os porta-bandeiras e cumprem o número mínimo de atletas permitidos para o evento. O COB (Comitê Olímpico Brasileiro) entendeu que, por conta da espera (mais de duas horas) e do transporte coletivo das delegações, o melhor era mandar o menor número possível de representantes, para preservar os demais competidores.
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