Serie A tem 35 jogadores envolvidos entre as finais dos torneios continentais; 23 são da seleção italiana
Por mais de 20 anos, o Campeonato Italiano foi considerado o maior e mais forte do futebol mundial. Chamados de “época de ouro”, os anos 80 e 90 testemunharam a formação de verdadeiros esquadrões, assim como, pelo menos na primeira metade dos anos 2000, o Calcio era destino certo das estrelas do esporte.
O anos 2010 vieram, porém, e com eles a força de Barcelona, Real Madrid e dos clubes ingleses da Premier League. A Serie A, assim, foi perdendo relevância, por pura e simples competição mercadológica. Os talentos passaram a buscar a Espanha e a Inglaterra e os clubes italianos foram perdendo força ao ponto de “perderem” sua vaga extra na Champions League para a Alemanha.
As últimas temporadas, porém, foram de um certo “renascimento” do Campeonato Italiano — ou renascença, se você quiser deixar mais no contexto — que passou a reconquistar, lentamente, sua influência no cenário do futebol mundial.
O marco foi a ida de Cristiano Ronaldo para a Juventus. O português, vale lembrar, se transferiu para a Velha Senhora em 2018, logo depois de ter se sagrado tricampeão consecutivo da Champions League com o Real Madrid.
A presença do craque na Serie A alavancou os investimentos e as equipes foram se fortalecendo. A Atalanta fez história na UCL em 2019-20, ameaçou o reinado da Juve e depois a Inter de Milão interrompeu, em 2020-21 a dinastia doméstica da equipe de Turim. A Itália voltou a ter uma liga forte, enfim.
A coroação desse renascimento pode ser vista nesse fim de semana. Durante as finais da Copa América e da Eurocopa, simplesmente 35 jogadores que atuam no Campeonato Italiano estarão envolvidos, e nem todos são da Itália, cuja ótima campanha por si só já chancelaria o bom momento de sua liga nacional.
Os jogadores do Campeonato Italiano nas finais da Euro e da Copa América
- Argentina: Juan Musso e Christian Romero (Atalanta), Martínez Quarta, Pezzela e Nico González (Fiorentina), Nahuel Molina e Rodrigo De Paul (Udinese), Nicolás Domínguez (Bologna), Joaquín Correa (Lazio), Lautaro Martínez (Inter de Milão)
- Brasil: Danilo e Alex Sandro (Juventus)
- Itália: Donnarumma (Milan), Alex Meret, Di Lorenzo e Insigne (Napoli), Sirigu e Belotti (Torino), Bastoni e Barella (Inter de Milão), Tolói e Pessina (Atalanta), Acerbi e Immobile (Lazio), Bonucci, Chiellini, Chiesa e Bernardeschi (Juventus), Spinazzola, Florenzi, Cristante (Roma) Locatelli, Berardi, Raspadori (Sassuolo), Castrovilli (Fiorentina)
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