Diretoria do Palmeiras repete ‘estratégia’ com Abel, mas Luxemburgo ainda recebeu dupla de R$ 45 milhões
Abel Ferreira pediu reforços, mas não teve os pedidos atendidos pela diretoria do Verdão. Luxemburgo até passou por situação semelhante, mas chegou a receber duas contratações importantes
Abel Ferreira pediu reforços, mas não teve os pedidos atendidos pela diretoria do Verdão. Luxemburgo até passou por situação semelhante, mas chegou a receber duas contratações importantes
Após a conquista da Tríplice Coroa na temporada de 2020, o técnico Abel Ferreira identificou a necessidade do Palmeiras buscar alguns reforços específicos para 2021, com foco em nomes para o sistema ofensivo, mas não teve os pedidos atendidos. A diretoria do Verdão chegou a abrir conversas com nomes como Santos Borré, do River Plate, Ademir, do América-MG e Valentín Castellanos, do New York City, mas não teve sucesso em nenhuma das negociações.
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Para a temporada, o único reforço recebido por Abel Ferreira foi o volante Danilo Barbosa, contratado pela versatilidade de atuar como zagueiro também. O jogador chegou por empréstimo até o fim de dezembro junto ao Nice, da França. Vale lembrar que devem retornar ao clube Deyverson, Dudu e Borja, que estavam emprestados para clubes do exterior.
A ‘escassez’ de reforços e altos investimentos no Palmeiras nas últimas janelas já era algo esperado, isso porque o presidente Maurício Galiotte já havia anunciado a mudança de filosofia no mercado da bola ainda em 2019, quando demitiu o diretor de futebol do clube, Alexandre Mattos. Desde então, a política adotada é de contratações pontuais e aposta nos jogadores da base.
Por causa dessa nova política, Vanderlei Luxemburgo também teve dificuldades na busca por reforços para o Palmeiras no primeiro semestre de 2020 – segundo o próprio treinador, entre os nomes indicados, estavam os argentinos Pity Martínez, ex-River Plate, e Maximiliano Meza, que atualmente está no Monterrey e chegou a disputar a Copa do Mundo de 2018.
Luxa precisou apostar nos garotos da base, o que abriu espaço para a utilização de Gabriel Menino, Gabriel Veron, Wesley, Patrick de Paula e Danilo, mas ao contrário de Abel, que recebeu apenas um jogador, o ex-treinador do Verdão ainda contou com dois reforços que se firmaram como titulares absolutos: Rony e Matías Viña, dupla que custou cerca de R$ 45 milhões aos cofres da equipe.
Contratado junto ao Athletico Paranaense e depois de despertar o interesse do rival Corinthians, Rony custou aos cofres do Palmeiras R$ 28,4 milhões por 50% dos direitos econômicos. O uruguaio Viña, por sua vez, foi contratado por R$ 16,5 milhões, também por metade dos direitos.
Vale lembrar que durante o intervalo entre a saída de Luxemburgo e a chegada de Abel Ferreira, entre outubro e novembro do ano passado, o Palmeiras anunciou o atacante Breno Lopes e os zagueiros Benjamín Kuscevic e Alan Empereur – apenas o último chegou ao clube a pedido do treinador português, enquanto os outros dois tiveram o aval do comandante, mas já tinham negociações bem encaminhadas.
Busca por reforços:
Em entrevista ao SporTV no início da semana, o diretor de futebol do Palmeiras, Anderson Barros, falou sobre a possibilidade do clube realizar novas contratações para a temporada. “Desde o ano passado, o Palmeiras mudou a característica no mercado. Há a analise do mercado, não abrimos mão de todo o processo para fazer a contratação, então fizemos cinco contratações em 2020 e neste ano só fizemos uma. Há a identificação das necessidades e precisamos entender com o departamento financeiro as nossas condições. Precisamos ser extremamente rigorosos neste aspecto.”
“Vivemos um momento de crise, de pandemia. Com isso, a gente acaba tendo um confronto de posições que fazem parte do processo. Até com o Abel, mas ele deixa claro que está satisfeito com a entrega dos que já estão no clube. Acredito que estejamos conseguindo, pois o Palmeiras tem disputado todas as competições, estamos mantendo a qualidade apesar de buscar o equilíbrio financeiro”, completou.