Pressionado no cargo, treinador precisará mudar suas convicções para se manter no Internacional
Os resultados negativos recentes, aliados aos maus desempenhos, colocaram uma pressão ainda maior no trabalho do técnico Miguel Angel Ramírez. Por isso, para reverter o quadro e garantir seu emprego, o treinador terá que se moldar a algumas exigências da diretoria do Internacional. Em reunião realizada na última segunda-feira (7), os dirigentes colorados fizeram apontamentos sobre o que precisa ser alterado no trabalho.
Um dos pedidos do departamento de futebol a comissão técnica é a definição de um time titular. Isso se deve ao fato de Ramírez não ter repetido a escalação desde que desembarcou em Porto Alegre. Segundo o comandante, a formação do time sempre dependerá do adversário, conceito que incomoda parte dos dirigentes. A partir de agora, o que se pede ao treinador é o mínimo de mudanças possíveis de um jogo para o outro.
Além disso, um relato preocupa nos bastidores. Conforme informação do repórter João Batista Filho, da rádio Bandeirantes de Porto Alegre, alguns jogadores apresentam descontentamento com o trabalho. O motivo disso é a falta de compreensão por parte dos atletas das ideias passadas pelo técnico ao grupo. O que se espera é que a comunicação seja revista e melhorada, afim de evitar um ambiente de desconforto no vestiário.
Sinal de alerta ligado
A paciência da alta cúpula com o comandante espanhol começa a dar sinais de desgaste. Após a goleada sofrida pela equipe por 5 a 1 para o Fortaleza, no último domingo, o discurso mudou. O vice de futebol, João Patrício Herman, relatou a “vergonha” pelo resultado e a necessidade de Miguel ser menos “inflexível”. Um dos pedidos públicos do dirigente é que o treinador resgate um “estilo mais gaúcho” de futebol, com o intuito de proteger mais o resultado e evitar o fim antecipado do projeto colorado com a comissão técnica.
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