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Olimpíadas: 5 curiosidades do futebol na competição

Tokyo 2021 está chegando aí! Pensando nisso, nós resolvemos aquecer para a competição trazendo cinco curiosidades do futebol nas olimpíadas. Confere aí!

Por Gabriel Mineiro em 24/06/2021 18:22 - Atualizado há 3 anos

(Photo by Carl Court/Getty Images)

Tokyo 2021 está chegando aí! Pensando nisso, nós resolvemos aquecer para a competição trazendo cinco curiosidades do futebol nas olimpíadas. Confere aí!

1-As maiores campeãs

As maiores campeãs das Olimpíadas são a Grã-Bretanha (1900, 1908 e 1912) e Hungria (1952, 1964 e 1968), ambas com 3 conquistas. Logo em seguida vem Argentina (2004 e 2008), Uruguai (1924 e 1928) e União Soviética (1956 e 1988) com dois ouros olímpicos para cada.

Pode causar espanto em muitos, ao notar que o Brasil, que é visto como o país do futebol, não figura entre o top-5. Já  por outro lado, existem outras nações que atualmente não tem grande notoriedade no mundo do futebol, mas esbanja um belo quadro de medalhas (como Hungria e União Soviética). Mas temos que lembrar que o futebol na Europa teve um desenvolvimento muito mais acelerado do que em outras partes do mundo.

2-A primeira sede da Copa do Mundo 

Do ano de 1900 (ano em que o futebol entrou nas olimpíadas) até 1928, o medalhista de ouro das olimpíadas era considerado o campeão do mundo no futebol. Porém, ainda no ano de 1928 o presidente da FIFA, Jules Rimet, anunciou em uma conferência em Amsterdã que criaria um torneio à parte para as seleções.

Para a escolha do país sede, em 1929, dois fatores pesaram a favor do Uruguai. O primeiro, em 1930 (ano em que seria realizada a competição) o país completaria 100 anos de sua independência. E o segundo, é que a Celeste vinha de um bicampeonato olímpico (1924 e 1928). Sendo assim, a FIFA considerou justo que o Uruguai tivesse a vantagem de jogar em casa na primeira Copa do Mundo da história.

3-A maior zebra

Zebras na história do futebol são comuns de acontecerem, talvez seja essa imprevisibilidade dos resultados que torna este esporte tão cativante. E quando se fala em zebras em Olimpíadas, não há quem não se lembre da trajetória histórica da seleção de Camarões em Sydney, nas Olimpíadas de 2000.

Passando da fase de grupos em segundo colocado com 5 pontos, a equipe camaronesa tinha pela frente nas quartas de final o todo poderoso Brasil, até então com 4 copas do mundo o país já era temido no  mundo todo. Mas Camarões não se intimidou pela história de seu adversário e logo aos 17 minutos do primeiro tempo abriu o placar com Mboma, daí pra frente a seleção se focou apenas em defender e segurar o resultado, mas já no ‘apagar das luzes’ , aos 94 minutos, Ronaldinho empatou para o Brasil e levou a disputa para a prorrogação. Naquela época o critério do gol de ouro ainda era adotado, ou seja, durante os 30 minutos da prorrogação, quem marcasse primeiro ganharia a disputa. E assim foi feito, com dois jogadores a menos, em um contra-ataque mortal, Mbami marcou o gol da classificação camaronesa.

Nas semifinais contra o Chile, mais emoção, ao tomar um gol já no terço final da partida, aos 78 minutos, parecia que a trajetória de Camarões se encerraria ali. Só esqueceram de avisar isso aos jogadores. Com um gol de Mboma aos 84’, e outro de Lauren aos 89’, Camarões conseguiu uma virada histórica e estava na final da competição contra a Espanha.

Como já era de praxe em um jogo de Camarões, o roteiro da final foi recheado de emoção. Com a Espanha abrindo 2×0 logo na primeira etapa, tudo encaminhava para uma vitória tranquila da seleção europeia. Até que, na segunda etapa, com um gol contra do zagueiro Amaya aos 52’ e um gol do centroavante Eto’o, aos 59’, Camarões estava de volta à disputa. A Espanha ficou com dois jogadores a menos ainda no tempo regulamentar, mas conseguiu segurar o empate durante a prorrogação. O campeão então seria decidido na disputa de pênaltis. Convertendo todos os pênaltis, Camarões sagrou-se campeão após nova falha de Amaya, que chutou o pênalti na trave. E assim foi escrita a maior zebra da história do futebol nas Olimpíadas.

4-O único título da Bélgica

Você com certeza já ouviu alguém se referir a Bélgica como a “eterna promessa”. Eles carregam essa alcunha pois em muitas competições que participou eles chegaram como favoritos, mas quase nunca conseguiram confirmar esse favoritismo. Para ser mais preciso, eles só conquistaram um título em toda a sua história, em 1920, e desde então vem frustrando quem aposta neles. 

O único título conquistado foi a Olimpíadas de 1920, onde jogou em casa. E mesmo este sendo seu único trunfo, há quem acha que este torneio foi uma verdadeira “marmelada”, pois foi marcado por diversos erros de arbitragem a favor dos belgas. Inclusive na final, aos 43 minutos do primeiro tempo, a Tchecoslováquia se recusou a continuar a partida em protesto contra a péssima atuação do árbitro. Com a desistência da equipe, a Bélgica foi considerada vencedora por W.O e ficou com a medalha de ouro, para definir quem seria o medalhista de prata, um confuso sistema foi criado, mas no final das contas quem levou a prata foi a Espanha.

5-A origem do termo “Gol olímpico”

Muitos acham que o termo “gol olímpico” surgiu nas Olimpíadas. Outros acham que o gol feito direto do escanteio leva esse nome por ser muito raro acontecer, assim como as Olimpíadas, que só acontecem de quatro em quatro anos. Entretanto, ambas afirmações estão erradas. Mas, mesmo que indiretamente, o termo tem relação sim com as Olimpíadas. 

Tudo ocorreu em 1924, a seleção uruguaia tinha acabado de voltar de Paris, onde conquistou o ouro olímpico. Os argentinos, que optaram por não ir à França, se arrependeram da decisão que tomaram ao ver a forma que o Uruguai estava sendo prestigiado por vencer a competição. E os hermanos, de forma muito amarga, afirmavam que o Uruguai tinha sido campeão apenas porque eles não estavam na competição, e que a melhor seleção do mundo era a Argentina.

Após muita insistência argentina, os uruguaios cederam e aceitaram realizar um amistoso, para “decidir quem era melhor”. A Argentina ganhou esse jogo por 2×1, o gol da vitória quem marcou foi Cesáreo Onzari, direto do escanteio. Assim, os argentinos nomearam esse gol como “gol olímpico”, pois segundo eles, aquele jogo foi onde se definiu o verdadeiro campeão olímpico.

* Curiosidade da curiosidade: Os argentinos sempre menosprezaram a conquista de 1924 do Uruguai, pois segundo eles, o Uruguai só ganhou porque a Argentina se recusou a jogar a competição. Porém, 4 anos mais tarde, nas Olimpíadas de 1928, a Argentina chegou a final da competição, onde perdeu para o Uruguai por 2×0.

 

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