Eduardo Vargas e mais seis jogadores promoveram festa antes do confronto contra o Uruguai pela Copa América
A pandemia do novo coronavírus atingiu números alarmantes no último sábado no Brasil. Após registrar marca de 500 mil mortes no território nacional, mesmo assim, festas clandestinas e aglomerações são noticiadas e denunciadas a cada hora. E isso se tornou comum por aqui.
Segundo a imprensa chilena, sete jogadores, incluindo o atacante Eduardo Vargas, do Atlético-MG, promoveram em Cuiabá. A festa ocorreu no Grand Odara Hotel, onde a delegação está hospedada. Agora, a Federação Chilena de Futebol promete multar os envolvidos.
As informações da festa clandestina foram divulgadas amplamente neste domingo pelos jornais “El Mercurio”, “La Tercera”, “La Cuarta” e “La Nacion”. De acordo com as publicações, o evento foi realizado em um dos andares reservados para os jogadores chilenos.
Então, por volta das 22h, seguranças que prestam serviço para o hotel se dirigiram ao local para interromper a festa que acontecia, obviamente, clandestinamente, após uma denúncia anônima por um dos hospedes.
Além de Eduardo Vargas, outros astros chilenos como Arturo Vidal, Gary Medel, Charles Aránguiz, Jean Meneses, Guilhermo Maripán e Pablo Galdames estavam na festa. O evento contou com a presença de mulheres anônimas que circulavam pelo ambiente sem máscara.
Quando os seguranças chegaram no local, os presentes na festa, cerca de 20 pessoas, tentaram impedir o acesso dos funcionários do hotel no local. Uma vez lá dentro, contudo, os agentes detectaram a quebra de uma série de protocolos para contensão da Covid-19.
Nota oficial, multa e possível punição da Conmebol
A ‘bolha de isolamento social’ foi furada no último sábado após a entrada do cabeleireiro Luís Fernando Gonçalves no Grand Odara Hotel. Segundo a Federação Chilena, o profissional conseguiu ingressar no local depois que apresentou um teste negativo para Covid-19.
O cabeleireiro teve acesso ao local a convite de Arturo Vidal e Gary Medel. Os astros, inclusive, fizeram questão de registrar os novos ‘looks’ nas redes sociais. Poucas horas depois, a administração do hotel recebeu a denúncia da festa.
“Em que pese ter um exame PCR negativo, ele não deveria ter entrado em contato com os jogadores. Os envolvidos serão punidos economicamente. Lamentamos o que essa situação causou e informamos que todos os membros da delegação apresentaram exame PCR negativo neste domingo (20 de junho)”, diz o comunicado enviado para a imprensa.
De acordo com o regulamento da Copa América, a Conmebol estipulou multa de US$ 15 mil (R$ 76,3 mil, pela cotação atual) em caso de rompimento da ‘bolha de segurança’ criada para a realização do torneio no Brasil.
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Festa não tem boa repercussão antes do confronto contra o Uruguai
O Chile enfrenta o Uruguai nesta segunda-feira pela fase de grupos da Copa América. Porém, o jogo foi colocado em segundo plano pelos jornalistas chilenos na conferência de imprensa. Afinal, o ato de indisciplina de alguns jogadores na concentração ganhou ecos neste domingo.
“Foi um erro grave que poderia ser resolvido de outra forma e agora é importante aprender (porque) devemos ser um exemplo. Eu lidero um grupo, não sou mestre em medicina”, disse o técnico Martín Lasarte.
Por outro lado, o capitão da ‘La Roja’, Claudio Bravo, não escondeu a irritação com o caso.
“É prejudicial, estamos cientes do que estamos experimentando com a pandemia. Tivemos a sorte de não ter ocorrido infecções graves”, desabafou.
O Torcedores.com que a Federação Chilena de Futebol vai punir administrativamente os jogadores envolvidos na festa. Segundo fontes ligadas a entidade ouvidas pela reportagem, cada atleta será punido em US$ 2 mil (R$ 12 mil).
Além disso, a falta de comando dos dirigentes pode afetar a comissão técnica da seleção chilena. Incomodado com a falta de comprometimento dos atletas, o técnico Martín Lasarte ameaçou entregar o cargo após a partida contra o Uruguai. Contudo, o treinador foi, por enquanto, demovido da ideia.