Dunga diz que não se arrepende de não ter levado Neymar para Copa de 2010: “Em janeiro, ainda era reserva do Santos”
Seleção comandada por Dunga no mundial disputado na África do Sul caiu nas quartas de final para a Holanda
Seleção comandada por Dunga no mundial disputado na África do Sul caiu nas quartas de final para a Holanda
A seleção brasileira comandada por Dunga na Copa do Mundo de 2010 desembarcou na África do Sul como uma das grande favoritas ao título da competição por ter nomes como o goleiro Júlio César, os zagueiros Lúcio e Juan, Kaká e os atacantes Robinho e Luís Fabiano, todos que estavam em alta na época. Mas até hoje se questiona se a história do Brasil naquele mundial poderia ter sido diferente se Neymar e Paulo Henrique Ganso, que começavam a despontar no Santos, tivessem sido convocados. Para o ex-treinador, não.
Em entrevista ao canal do jornalista Duda Garbi, Dunga justificou. “As pessoas têm que contar a história. Em janeiro, ele era reserva do Santos. E a gente só tinha um amistoso em fevereiro, março”, relembrou o ex-treinador da seleção, que comentou também o caso de Ganso, pouco mais velho que Neymar e que chegou a ser ‘convocado’ para a lista de suplentes – ou seja, poderia ser chamado para disputar a Copa caso alguém a lista principal se lesionasse.
“Não era o Ganso. No Brasil, nós temos 100 promessas no Brasil que era a mesma coisa, que tinha que ser o melhor do mundo. Tu vai ver, foi campeão regional. Então nós que criamos uma expectativa muito grande. Tem as teorias. Segundo uma teoria foi a lesão. E o Ronaldo, que estourou o joelho? São teorias que se cria no futebol”, diz Dunga.
“Todos os grandes arrebentaram o joelho, se quebraram e voltaram. Essas teorias que criamos, que o cara tem que ser competitivo. O que eu acho, que é um aspecto – e já meteram o pau em mim, que eu não gostava de psicólogo – é que é uma questão psicológica. A gente já da desculpa antes de assumir a responsabilidade. Muitos não renderam porque os que estavam de foram sempre acharam que o problema era o treinador que não põe para jogar, a questão do joelho. (…) Poucas vezes a culpa foi dele, e em muitas, a culpa foi dos outros. Em algum momento, a culpa poderia ser dos outros, mas ele tinha que chamar a responsabilidade. Pô, quando cheguei no Inter, o Dino Sani falou que eu era lento, e eu corri para trabalhar. Eu tive que fazer com que ele entendesse que eu não era aquilo”, completou.