Ênio Santos tem contrato com o clube da Estrela Solitária até dezembro de 2023
No começo deste mês, o meia-atacante Ênio Santos recebeu muitas críticas no Botafogo. Ele foi afastado do elenco após ser flagrado participando de uma pelada na Mangueirinha, comunidade de em Duque de Caxias, durante sua folga.
Resumindo: a diretoria o afastou por protocolo de Covid-19. Após cumprir o período de quarentena, ele foi advertido verbalmente e reintegrado ao time sub-20 que decide a Copa do Brasil sub-20, neste domingo, às 15 horas, contra o Coritiba, em Volta Redonda.
“Antes de mais nada, quero pedir desculpa pelo meu erro. Fui inocente e irresponsável. Afinal, me coloquei em risco bem como meus companheiros e funcionários também. Vou usar isso para refletir. Peço desculpas de novo aos meus companheiros e principalmente para a torcida, que sempre me deu muito carinho. O Botafogo é a minha casa e vou trabalhar dobrado para voltar a honrar essa camisa”, disse ao Torcedores.com.
De volta ao time, o meia-atacante, que está à disposição do técnico Ricardo Resende, espera dar a volta por cima, elevar seu nível de atuações e ajudar o alvinegro a levantar a taça. No primeiro jogo, só para exemplificar, houve empate em 1 a 1 entre as equipes.
Na entrevista exclusiva ao Torcedores.com, Ênio Santos contou sobre a experiência de trabalhar ao lado do técnico Marcelo Chamusca, sobre a briga pela titularidade no elenco principal e, claro, sobre a final da Copa do Brasil sub-20.
Confira a entrevista na íntegra!
TORCEDORES.COM: Você vinha tendo algumas oportunidades no profissional. Como que essa experiência com o elenco principal pode te ajudar e ajudar o time no domingo?
ÊNIO SANTOS: “Historicamente, o Botafogo sempre foi um clube que deu muitas oportunidades para os jogadores da base. Eu sempre trabalhei para brigar por um espaço no elenco. A primeira chance veio contra o São Paulo, na reta final do brasileirão ano passado. A princípio, meu objetivo agora é conseguir me manter no grupo porque posso ser chamado a qualquer momento para ficar à disposição da comissão técnica”.
T: No início desse ano você marcou o primeiro gol como profissional e disse em entrevista “sinto que chegou o meu momento”. Continua com esse pensamento?
ES: “Foi muito importante aquele gol que marquei contra o Moto Club pela Copa do Brasil. Eu estava muito ansioso para marcar pela primeira vez no profissional. A princípio, passou um filme na minha cabeça. Afinal, lembrei de tudo que eu, minha mãe e minha família passamos juntos. Por isso, eu falei que tinha chegado o momento de me firmar no time principal”.
T: O time do Chamusca tem usado bastante os lados do campo e depois do Estadual teve a chegada do Chay e do Diego Gonçalves. Como enxerga essa concorrência pela posição?
ES: “O professor (Marcelo) Chamusca sempre busca inserir os melhores planos de jogo para o nosso grupo. Entretanto, a concorrência é algo natural dentro da nossa profissão, é uma briga muita sadia. O Chay e o Diego são grandes jogadores e eu busco sempre olhar para eles, porque são jogadores mais experientes. Sei da minha capacidade e sei o que posso entregar ao Botafogo”.
T: A jogada do gol do Botafogo no jogo contra o Coritiba saiu dos seus pés. O que o Botafogo pode fazer de diferente para sair com a vitória desta vez?
ES: “Eu fui muito feliz no passe para o gol de empate. Procuro muito usar o que eu tenho de melhor, que é o drible, velocidade e a agilidade. Mas o mérito não foi só meu, o mérito da jogada é de todo o grupo. Todos que estavam assistindo ao jogo viram no momento do gol que nosso time teve muita paciência em circular a bola, até chegar aos meus pés no mano a mano, e a conclusão pro gol do Wendel foi lindo demais”.