Após livrar Santos do rebaixamento, Marcelo Fernandes desabafa: “estamos envergonhados”, mas ressalta “na segunda jamais”

Santos foi para a última rodada do Paulistão podendo ser rebaixado para a Série A2 do estadual

Sem chances de classificação, o duelo entre Santos x São Bento ganhou ares de final. Isso porque quem perdesse terminaria o Paulistão rebaixado. Mas com dois gols ainda no primeiro tempo, o Peixe se livrou do rebaixamento. Marcelo Fernandes, que assumiu a equipe de forma interina, foi responsável por evitar o vexame do time da Vila Belmiro. Agora, o interino dá lugar para Fernando Diniz, que será apresentado oficialmente na próxima segunda-feira (10).

Após a vitória, Marcelo Fernandes conversou com a imprensa. Na coletiva ele falou sobre a campanha do time e sobre a vontade de ser efetivado como treinador.

Santos não tem o que comemorar

“Me dedico muito, eu e estafe. Me orgulho muito porque todas as vezes que somos chamados damos conta do recado, sempre respeitando o profissional. Cuca, Ariel e será a mesma coisa com o Fernando Diniz. Não estamos felizes, todo futebol profissional sabe que fomos abaixo no Campeonato Paulista. Não podemos comemorar, estamos até envergonhados. Foi uma sensação inexplicável. Estive sentado aqui campeão há seis anos, hoje foi diferente. Lugar que amo, que nasci. Possibilidade que nunca pensei de acontecer o pior. Não ocorreu e agradeço aos meninos. Santos é forte, é grande e segundo algumas vezes. Na segunda jamais”.

Pressão para a partida contra o São Bento

“A partida era de responsabilidade enorme, mas todos os jogadores são responsáveis e profissionais ao extremo. Não importa se tem 16 ou 35. Todos focados. Tentamos de todas as formas tirar a carga deles, fazer treinos leves. Não era momento de entupir jogador de um monte de coisa. Muita pressão e dados não são possíveis agora. E dias são maravilhosos, CT, vestiário. Dias maravilhosos e só quero agradecer”.

Trabalhar com Fernando Diniz

“Gosto da metodologia dele e vai agregar com essa molecada. Qualquer treinador que chegar terá facilidade por causa dos profissionais do nosso estafe. Não existe biquinho, todos se doam ao máximo”.

Trabalhar como treinador efetivo

“Não tenho vaidade. Aprendo todo dia. Vou aprender com esse novo profissional. Não tenho essa pressão. Podem contar amanhã porque estou pronto, mas sei o meu lugar. Tenho muito a aprender. Ouvi um ditado num programa culinário. Nós nascemos burros, aprendemos todos os dias e vamos morrer burros. Não sei se amanhã, um ano ou 10 (sobre ser técnico), mas estou feliz e aprendo todo dia no Santos”.

Mais informações do Santos

Após se livrar do rebaixamento, a equipe da Vila Belmiro foca suas atenções para a Copa Libertadores. Na próxima terça-feira o Santos encara o Boca Juniors e uma derrota deixaria o clube com remotas chances de classificação para a fase de oitavas da competição. Após realizar tratamento intensivo, existe a expectativa do retorno de Marinho para este duelo. Mas sua presença só deverá ser confirmada momentos antes do duelo.

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