Fernando Diniz assinou contrato com o clube paulista até dezembro de 2022
Após a saída de Ariel Holan e muitas especulações, o Santos anunciou o seu novo treinador para a sequência da temporada. Trata-se de Fernando Diniz de 47 anos. Antes de mais nada, o técnico chega a Vila Belmiro com a missão de livrar o Peixe do rebaixamento no Campeonato Paulista.
Ex-meia de Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Palmeiras, Santos, entre outros, Fernando Diniz atuou profissionalmente entre 1995 e 2008. Pouco tempo após pendurar as chuteiras, ele iniciou sua trajetória como treinador.
Em 2009, ele começou no Votaraty, de São Paulo, onde trabalhou apenas uma temporada. Posteriormente, passou pelo Paulista, Atlético Sorocaba, Botafogo-SP, Audax, Guaratinguetá e Paraná. Contudo, Fernando Diniz se projetou nacionalmente ao conduzir o Oeste ao vice-campeonato Paulista de 2016.
A princípio, o time chamou a atenção da crítica pela compactação, forte marcação, transição rápida, imposição de jogo e posse de bola. Afinal, ele nunca escondeu que se inspira bastante em Pep Guardiola, técnico do Manchester City, da Inglaterra.
Agora no Santos, é possível esperar um time que faça marcação-pressão, buscando fechar as linhas de passe do adversário ao mesmo tempo em que tenta recuperar a posse enquanto houver fôlego.
Esquema tático
No São Paulo, seu último clube, Fernando Diniz teve a confiança e o respaldo da diretoria para implementar sua ideia de jogo. Ele armava o time com o sistema 4-2-3-1, com homens de velocidade pelos lados do campo para municiar o centroavante. Além disso, a troca de posições e as variações táticas eram comuns.
Com o treinador, Daniel Alves teve atuações destacadas com a camisa tricolor. Líder em participações em gols do São Paulo, o veterano foi um dos jogadores que mais atuaram com o treinador. Com a camisa 10, inclusive, desempenhou o papel de meia de ligação.
Desempenho em outros clubes
Fernando Diniz tem um dos trabalhos mais difíceis de serem decifrados no futebol brasileiro. Sua ousadia é amada e odiada pelos tradicionais analistas. Contudo, o anarquista da bola ainda não conseguiu emplacar um trabalho que convencesse a todos.
Por isso, o Torcedores.com listou os principais trabalhos do treinador. A reportagem, antes de mais nada, levou em consideração somente sua passagem pelos principais clubes brasileiros. Confira o desempenho das equipes sob seu comando.
Paraná
Jogos: 17
Vitórias: 7
Empates: 3
Derrotas: 7
Aproveitamento: 47%
Em campo, o ‘tiki-taka’ foi bem implementado e o time passou a maior parte da Série B do Campeonato Brasileiro. Porém, o Paraná nunca conseguiu chegar nem perto de brigar pelo acesso. Por isso, acumulou muitas críticas da torcida. A derrota por 2 a 1 para o Atlético-GO foi fundamental para sua saída.
Athletico Paranaense
Jogos: 21
Vitórias: 5
Empates: 7
Derrotas: 9
Aproveitamento: 34%
Antes de mais nada, foi o pior técnico, em números, do Athletico Paranaense. Após uma sequência de maus resultados foi demitido pela diretoria rubro-negra. Com ele no comando, o Furacão figurou na zona de rebaixamento no Campeonato Brasileiro de 2018.
Fluminense
Jogos: 44
Vitórias: 18
Empates: 11
Derrotas: 15
Aproveitamento: 49%
Ele chegou nas Laranjeiras no começo de 2019. No entanto, seu trabalho nunca agradou a torcida. Por isso, teve vida curta no Fluminense. Foi demitido após o time perder para o CSA no Maracanã pelo Campeonato Brasileiro. Na época, a equipe acumulou o novo revés em 15 jogos e entrou na zona de rebaixamento da competição.
São Paulo
Jogos: 75
Vitórias: 34
Empates: 20
Derrotas: 21
Aproveitamento: 54%
Sua passagem pelo Morumbi teve altos e baixos. Além disso, o trabalho ficou marcado por eliminações precoces nos torneios de mata-mata. Após cair para o Grêmio na Copa do Brasil, o time acumulou insucessos na reta final do Brasileirão, que foi vencido pelo Flamengo.