João Lucas tem contrato com o Dourado até dezembro de 2021
Multicampeão pelo Flamengo, o lateral-direito João Lucas é um dos principais reforços do Cuiabá para a disputa da Série A do Campeonato Brasileiro. Com passagens por Villa Nova-MG, Goiás e Bangu, o jogador de 23 anos chega ao Dourado com contrato até o final no ano.
João Lucas teve uma passagem de dois anos pelo Flamengo. Nesse ínterim, venceu a Recopa Sul-Americana (2020), a Copa Libertadores da América (2019), a Supercopa do Brasil (2020 e 2021), o Campeonato Brasileiro (2019 e 2020) e o Campeonato Carioca (2020 e 2021).
O lateral-direito ainda tem contrato com o clube, e pode retornar após o período de empréstimo ao Cuiabá. Afinal, antes de se transferir para o Cuiabá, recém-promovido à elite do futebol nacional, ampliou seu vínculo com o rubro-negro até dezembro de 2022.
Além de João Lucas, o clube contratou 28 jogadores entre eles Walter (ex-Corinthians), Paulão (ex-Fortaleza), Pepê (ex-Flamengo), Camilo (ex-Lyon), e Jonathan Cafu (ex-Corinthians). Essa ‘tropa’, aliás, estreia contra o Juventude, neste sábado, na Arena Pantanal, em Cuiaba.
Em entrevista exclusiva ao Torcedores.com, João Lucas revelou os planos do Cuiabá para a disputa do Brasileirão, relembrou sua passagem pelo Flamengo, o convívio com Jorge Jesus e Rogério Ceni e a briga pela titularidade com os astros Rafinha e Maurício Isla.
Confira!
Torcedores.com: Qual sua expectativa para defender o Cuiabá?
João Lucas: Antes de mais nada, a expectativa é a melhor possível. É motivo de muito orgulho defender o Cuiabá na sua estreia na Série A. É um clube que se estruturou muito para chegar à elite. Hoje, me arrisco a dizer que tem uma estrutura de dar inveja a muitos clubes. Por isso, estamos confiantes de que iremos fazer um grande Brasileirão. Afinal, o grupo tem tudo para fazer um grande trabalho nesta temporada.
T: No Cuiabá, você chega com status de titular após acumular experiência no Flamengo. Como você pretende se encaixar no time sem ficar rotulado como solução para a posição?
JL: Apesar da minha passagem pelo Flamengo, entendo que não cheguei aqui rótulo de titular. A responsabilidade aumenta ainda mais quando você chega de um clube contra o Flamengo. Muito pelo contrário, terei de trabalhar muito duro para ter uma chance na equipe. Afinal, nosso elenco é qualificado o suficiente para oferecer boas opções para o treinador. Agora, pretendo buscar meu espaço para me firmar no time. Mas sempre lembrando que a decisão está nas mãos do Alberto (Valentim).
T: No Cuiabá, você também reencontrará o meia Pepê. Ele teve influência em sua transferência para o clube?
JL: Conversei muito com o Pepê. Foi fundamental na minha mudança aqui para o Cuiabá. Ele teve influência grande na minha decisão depois que as melhores informações sobre o clube a cidade. Desde o início das negociações, vinha passando informações sobre o projeto do clube para esta temporada, a estrutura, o elenco, entre outras coisas. Para mim, é de grande importância tê-lo por aqui para facilitar minha adaptação. Nós tínhamos um bom relacionamento desde os tempos de Flamengo. Agora, nossa amizade irá aumentar ainda mais.
T: Você foi contratado pelo Flamengo após se destacar pelo Bangu no Campeonato Carioca de 2019. Você sempre foi tratado como uma promessa e teve poucas chances para se firmar. Acha que esse rótulo de atrapalhou?
JL: Eu cheguei no Flamengo numa fase muito boa. Quando comecei a jogar tive uma série de lesões e isso me atrapalhou um pouco. Após me recuperar, perdi um pouco de espaço no elenco. Mas consegui disputar algumas partidas importantes no Campeonato Brasileiro. Acho que isso tudo acabou atrapalhou minha trajetória no clube.
T: Durante sua passagem pelo Flamengo, você foi reserva de Rafinha, Rodinei, Maurício Isla e Matheuzinho. Como era a concorrência e o relacionamento com eles?
JL: São jogadores incríveis. Eles foram importantes no meu desenvolvimento. Nesse período, tive a oportunidade de trocar experiências quando estávamos juntos no Flamengo. Cada um tem uma característica muito boa. O Rafinha é um líder nato, o Isla tem grande experiência no futebol, o Rodinei tem qualidades ofensivas difícil de se encontrar no futebol brasileiro, enquanto o Matheuzinho tem um futuro promissor. Agora, no Cuiabá, terei a oportunidade de colocar em prática tudo aquilo que aprendi com esses jogadores nos últimos anos.
T: Na sua passagem pelo Flamengo, você teve Abel Braga, Jorge Jesus, Domènec Torrent e Rogério Ceni como treinadores. São técnicos com perfis e ideias diferentes. Qual foi a importância deles na sua formação e passagem pelo clube?
JL: Todos os treinadores, sem exceção, foram importantes para o meu crescimento pessoal e o desenvolvimento da minha carreira. Mas sou muito grato ao Mister (Jorge Jesus) e ao Dome (Domènec Torrent) porque evolui muito taticamente. Além disso desenvolvi características defensivas como a marcação apertada, a pressão sob o adversário, entre outras coisas. Posso afirmar que vivi meu melhor momento no clube sob o comando deles.
T: Agora, no Cuiabá, você será comandado por Alberto Valentim que faz parte da nova geração de treinadores. Qual será seu papel no esquema tático planejado por ele?
JL: O Alberto tem um técnico moderno. Ele pensa para frente o tempo todo. Vem pregando o futebol ofensivo nos treinos e isso nos dá muita confiança para realizar um Brasileirão. Agora, está nas mãos do técnico a melhor forma de me utilizar no time. Ele sabe que pode contar comigo sempre que precisar. Por isso, estou muito tranquilo em relação a forma como serei utilizado neste Brasileirão.