A corrida atrás de Renato Gaúcho e Diego Aguirre mostra que o clube não sabe que tipo de jogo deseja para a temporada 2021.
A torcida do Corinthians ficou triste. A dos adversários, feliz e contente. As recusas de Renato Gaúcho e Diego Aguirre animaram as discussões em tempos de finais dos estaduais.
Não é de hoje que o clube têm dificuldades financeiras. A novidade parece ser a seriedade que Duílio Monteiro Alves parece encará-las.
O presidente quer diminuir sobremaneira e fazer um administração responsável. Isso é louvável, mesmo que signifique ouvir “nãos” de boas opções como treinadores.
Dois “nãos”
Renato queria mais dinheiro para trocar a comodidade da praia no Rio e a chance de substituir Rogério Ceni. É do jogo. O clube fez bem em procurar a melhor opção do mercado nacional e o treinador, em ouvir um grande clube.
Já Diego Aguirre recusou por conta clara do salário. É direito dele querer ganhar mais ou descansar.
As opções
Aí surgem vários nomes. De fora, o mais querido pela torcida parece ser Becacecce.
Acho outro sonho inatingível. Ele está bem no Defensa y Justicia, classificado para as 8ªs da Libertadores.
Quando o Santos foi atrás dele para o lugar de Sampaoli, o salário era de quase 500 mil e não deu certo. Afora isso, tem fama de ser de difícil relacionamento com elenco em algumas ocasiões.
O colombiano Osório seria um nome a ser pensado. Mas aceitaria a oferta salarial?
Mercado nacional
Carille pode ser esquecido. O Corinthians não pagou o último contrato e enquanto não houver essa solução, o treinador não pensa em aceitar voltar ao clube. E com razão.
Mas que tipo de futebol a direção do Corinthians deseja? Essa é a questão a ser resolvida. Renato, Aguirre, BKCC, Osório, Carille são de estilos diferentes.
O certo seria o Corinthians definir que tipo de futebol deseja e quem pode entregá-lo sem o risco de um rebaixamento. Mas não é isso que está parecendo.
No mundo atrasado da administração corintiana, se tiver bola na rede, tá tudo certo. Vai acabar ficando com as migalhas do mercado nacional. Dorival ou Dorival, entre os desempregados.