CBF espera para setembro possível data de volta dos torcedores ao estádio
Entidade espera retorno de público para jogos do Brasileirão de outras competições; presidente de comissão médica de entidade coloca cautela
O Brasil ainda não seguiu a tendência de outros países, que começaram a abrir estádios e arenas depois da pandemia do coronavírus. Mas a CBF já tem uma ideia de quando espera que isto possa acontecer no país.
A entidade começa a trabalhar com a previsão de que, em setembro, o estádios possam começar a receber torcedores para partidas do Campeonato Brasileiro e outras competições realizadas no país. Segundo Jorge Pagura, presidente da Comissão de Médicos de Futebol da entidade, a data prevista é no nono mês do ano, mas ela pode mudar de acordo com os dados de disseminação da doença.
“Sei que todo mundo está ansioso para isso (a volta da torcida aos estádios). Mas em saúde e medicina, a gente não pode entrar na ansiedade nem do paciente e muito menos da situação. Temos que ter critério, estamos longe ainda do panorama ideal. Quando a gente fala em setembro… Toda vez que estamos numa pandemia, você crava uma data e erra. É como uma série, um episódio por dia”, disse Pagura ao programa ‘Seleção SporTV’, do SporTV.
Para ter uma data certa da volta dos torcedores, a CBF trabalha com medidas como números determinados de incidência de casos, média móvel, taça de ocupação de UTIs e também a porcentagem de vacinados. Neste último, a entidade espera que, quando pelo menos metade de população estiver devidamente imunizada (hoje são apenas 9,5%), os estádios poderão voltar a receber torcida.
Mas outros fatores devem influir em tal presença. Para tentar garantir isonomia entre as equipes, Pagura disse que a confederação trabalha com a diretoria de competições visando evitar que alguns times possam ter torcida e outros não durante a temporada.
“Por exemplo, em São Paulo, se poderia receber público. Então, o Corinthians, Palmeiras ou São Paulo poderiam receber o Atlético-MG ou o Flamengo. Aí, se vamos para Minas Gerais ou Rio de Janeiro, não pode. Então, para se falar em volta do futebol, se precisa de um controle rígido daquele clube. Com público, as variáveis são imensas”, relatou o médico.
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