Thiago Neves pediu a Renato para entrar “na fogueira” e cita responsável por saída do Grêmio: “Encheu o saco”
Meia Thiago Neves teve uma curtíssima passagem com a camisa do Grêmio em 2020 e relembrou os episódios
Meia Thiago Neves teve uma curtíssima passagem com a camisa do Grêmio em 2020 e relembrou os episódios
Em nova entrevista dada na última semana, dessa vez ao comentarista Alê Oliveira, no YouTube, o meia Thiago Neves abriu o jogo sobre a sua passagem pelo Grêmio e revelou ter pedido para o técnico Renato Portaluppi que o escalasse “na fogueira”. Isso foi feito na derrota de 2×1 para o Sport, na Arena, que foi o seu último duelo com a camisa tricolor – por coincidência, o time pernambucano foi quem o contratou na sequência.
Na mesma entrevista, Thiago Neves fez elogios ao presidente Romildo Bolzan Jr, ao grupo do Grêmio e deu a entender que o principal responsável por sua rescisão foi o vice de futebol da época, Paulo Luz, que já não exerce mais o cargo – confira as principais falas do jogador:
CONSELHO PARA PEPÊ E MATHEUS HENRIQUE:
“Quando eu cheguei no Grêmio, o Matheusinho estava pra sair. E aí o Pepê já estava para jogar, porque o Cebolinha iria sair. Cheguei um dia e sentei com eles. E falei que me arrependia de ter saído do Fluminense em 2008 para ir pro Hamburgo. Eu tinha o City e o Atlético de Madrid. Mas aí tem a influência do empresário, uns 10 mil a mais que tu ganha (…) cheguei nos dois e falei para escolherem bem, um clube com visibilidade boa, independente de ganhar menos agora. Porque depois, lá na frente, poderiam ganhar 30 vezes mais. É uma coisa que hoje, com a cabeça que tenho, eu penso dessa maneira”
NÃO SE SENTIU BEM E EM CASA:
“Eu cheguei no Grêmio muito cobrado e pressionado. Fui um pedido do Renato. Já era pra eu ter ido uns dois anos antes. Não era o melhor momento do Renato no clube. Ele insistiu e a diretoria não queria muito. Quando cheguei, começaram cobrar um pedido de desculpas de uma provocação minha pelo Cruzeiro em 2017. Pedi, beleza. Mas eu nunca me senti em casa, confortável. Não em relação aos jogadores. Eram todos muito parceiros. Geromel, Maicon, Kannemann, todos. Com os jogadores, nada”
FRUSTRAÇÃO:
“Eu nem jogava e a culpa era minha. E aí eu jogava e diziam que eu não aguentava mais. E aí a porrada ia pro Renato. Eu achei que seria mil maravilhas, pelo time do Grêmio, pelo jogador que eles precisavam. Tinha tudo pra dar certo. Uma pena”
RENATO NOTOU TRISTEZA:
“Teve uma vez que o Renato chegou pra mim e perguntou: “O que está acontecendo? Você está sempre com a cara fechada, não sorri nunca”. E eu falei que estava agoniado mesmo. Que não tinha ido passear. Que queria jogar e que era pra ele me botar na fogueira. Que falassem mal de mim mesmo, azar. Não queria que só o Renato assumisse a bronca. E aí jogamos contra o Sport. Perdemos. No outro dia de manhã, me mandaram embora sem eu saber. Fui treinar à tarde e me mandaram embora”
EX-VICE PAULO LUZ FOI O RESPONSÁVEL DIRETO PELA RESCISÃO:
“O presidente sempre foi correto comigo. Um dos que me apoiou desde o início. Mas ele não estava todo dia no clube. Quem estava no dia a dia eram três. O Paulo (Luz) e mais dois. Eles viam a coisa acontecer. Não tive problemas com eles, mas se puder evitar, melhor. Tanto que quem insistiu para eu sair foi esse Paulo. Já até saiu do Grêmio. Esse que encheu o meu saco pra eu sair”
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