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Hugo Souza é considerado um dos jogadores mais promissores do Flamengo
O assunto é tratado internamente no Flamengo para evitar tomar maiores proporções se transformar em crise. Mas a paciência com o goleiro Hugo Souza está perto do fim. O Torcedores.com apurou que o presidente Rodolfo Landim não gostou da repercussão de mais um problema extracampo do jogador.
No último dia 12, Hugo Souza alugou uma casa em Vargem Grande, Zona Oeste do Rio de Janeiro, e promoveu uma festa para comemorar o Bicampeonato da Supercopa do Brasil, mesmo com todas as recomendações para evitar contatos com muitas pessoas pela crise mundial com a pandemia do coronavírus (Covid-19).
Além da festa, conhecida como “Resenha do Neca”, em alusão ao apelido de Hugo, Neneca, o goleiro também quebrou a orientação do Flamengo para que seus atletas evitem aglomerações e façam apenas atividades em casa, inclusive para manter a forma física. Ou seja, o arqueiro quebrou o protocolo de segurança instituído pelo clube.
Hugo Souza faz festa clandestina e evento conta com dois companheiros de Flamengo e atacante do Vasco – https://t.co/RrnTUnn4oP pic.twitter.com/xD7lw25wTi
— Torcedores.com (@Torcedorescom) April 23, 2021
A exposição desnecessária só abalou a confiança e irritou ainda mais os integrantes do Comitê Gestor do Futebol formado por nomes como Dekko Roisman, Diogo Lemos, Fábio Palmer e Luiz Eduardo Baptista, o BAP. O último, inclusive, é uma espécie de conselheiro de Rodolfo Landim.
Alguns dirigentes ficaram cientes do episódio no dia seguinte do evento, mas abafaram o caso para não tirar o foco do elenco na preparação para a estreia na Copa Libertadores da América. No entanto, os relatos começaram a se espalhar por grupos de Whatsapp até ganhar repercussão externa.
Festa não teve boa repercussão no elenco
Internamente, as reações do elenco à realização da festa foram ruins. O Torcedores.com apurou que maioria só tomou conhecimento nesta sexta-feira através das redes sócias, quando houve a cobrança da diretoria, e ficou indignada com a postura de Hugo Souza por conta do momento pandêmico que vive o Rio de Janeiro.
Working in silence!!!🙌🏾❤️🖤 pic.twitter.com/FEUiVafarK
— Hugo Souza (@Hugo99_) April 22, 2021
A maioria dos jogadores, só para exemplificar, têm se privado de sair na rua para evitar aglomerações. Apesar da pressão vinda da Gávea, o afastamento é considerado como exagero pelas principais lideranças do elenco, uma vez que, apesar de tudo, Hugo Souza é muito querido e considerado o substituto imediato de Diego Alves.
Segundo fontes ligadas ao departamento de futebol ouvidas pela reportagem, o técnico Rogério Ceni demonstrou chateação com a atitude do goleiro, mas não participou da reunião de Marcos Braz e Bruno Spindel com o empresário do jogador, André Bahia, no início da tarde de hoje no CT Ninho do Urubu.
Apesar disso, o treinador externou que Hugo Souza está nos planos da comissão técnica e que não pretende abrir mão do goleiro. No entanto, deixou os dirigentes à vontade para tomarem a melhor decisão para o Flamengo. Além de Neneca, o comandante rubro-negro tem Diego Alves, Gabriel Batista e João Fernando como opção para o gol.
Hugo Souza é reincidente
A verdade é que não foi a primeira vez que Hugo Souza participou de uma festa durante a pandemia. Em novembro do ano passado, ele e Lincoln foram flagrados em uma festa privada em um condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes. O evento aconteceu na antevéspera de o Flamengo enfrentar o São Paulo pela Copa do Brasil.
Goleiro não é o único
Em março, o atacante Gabriel Barbosa foi flagrado em cassino clandestino em Vila Olímpia, Zona Sul de São Paulo. Havia aglomeração no local. De acordo com a Polícia Civil, cerca de 200 pessoas estavam no evento. A casa foi fechada pelas autoridades policiais. Além de Gabigol, o cantor MC Gui também foi flagrado em companhia do atacante do Flamengo.
Segundo o MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo), Gabriel foi denunciado por crime contra a saúde pública. O jogador responde em liberdade ao processo de crime previsto no artigo 268 do Código Penal, que fala desrespeito da medida do poder público para evitar a proliferação de doenças contagiosas.
