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Ramírez, do Bahia, tem inquérito de racismo arquivado por juiz

Ramírez está livre da acusação de injúria racial contra o meia Gerson, do Flamengo. O caso estava sendo investigado desde dezembro de 2020

Por Fabrício Carvalho em 09/04/2021 15:54 - Atualizado há 4 anos

Ramírez está livre da acusação de injúria racial contra o meia Gerson, do Flamengo. O caso estava sendo investigado desde dezembro de 2020

Nesta sexta-feira (9), o juiz Marcel Laguna Duque Estrada, da 36ª Vara Criminal, do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, determinou o arquivamento do inquérito envolvendo Ramírez, meia do Bahia, acusado de injúria racial contra Gerson, jogador do Flamengo.

Este caso estava sendo investigado na  Delegacia Especial para Discriminação Racial e o arquivamento ocorreu após um pedido do Ministério Público depois da análise das provas produzidas no inquérito, segundo o promotor de justiça Alexandre Themístocles.

O caso aconteceu durante o Brasileirão 2020 em dezembro do ano passado. Na ocasião, o jogador rubro-negro acusou o colombiano do Bahia de ter falado a expressão “cala a boca, negro” durante uma discussão dentro de campo.

Na época, o jogador Ramírez negou ter chamado o jogador de negro e disse que proferiu as palavras “juega rapido hermano”. No inquérito, o promotor afirma que companheiros de equipe do meia Gerson (Bruno Henrique e Natan, ambos do Flamengo) afirmaram não terem ouvido nenhuma ofensa racista.

Além disso, o ex-técnico do Bahia, Mano Menezes, e a equipe de arbitragem também negaram ter escutado qualquer tipo de ofensa racista durante aquele jogo.

Por fim, o promotor também cita a perícia oficial do Instituto de Criminalística Carlos Éboli, afirmando que não houve qualquer ocorrência de agressão verbal notada por Gerson. “A prova técnica degrava trecho  de entrevista e diálogos entre o atleta Gerson e o treinador Luiz Antonio Venker Menezes”, afirmou Themístocles.

No dia 11 de fevereiro deste ano, o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) já havia arquivado inquérito instaurado poucos dias depois do ocorrido em dezembro de 2020. Com isso, Ramirez está livre de qualquer jugalmento.

Trecho da nota de arquivamento no TJRJ

“O crime de racismo é transeunte, ou seja, não deixa vestígios. Por isso, a palavra do ofendido é de grande relevância. Entretanto, no caso em tela, a afirmação do jogador Gerson é completamente dissociada do conjunto probatório.”

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