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Manchester City adota o estilo “Muhammad Ali” e conquista virada importantíssima em cima de um aplicado PSG

Na coluna PAPO TÁTICO, Luiz Ferreira analisa a vitória do time de Pep Guardiola no jogo de ida das semifinais da Liga dos Campeões da UEFA

Por Luiz Ferreira em 28/04/2021 19:47 - Atualizado há 9 meses

Reprodução / Facebook / UEFA Champions League

Na coluna PAPO TÁTICO, Luiz Ferreira analisa a vitória do time de Pep Guardiola no jogo de ida das semifinais da Liga dos Campeões da UEFA

“Flutuar como uma borboleta e picar como uma abelha”. Era dessa maneira que o lendário Muhammad Ali definia seu estilo de luta. Um dos seus combates mais famosos aconteceu em 1974, quando enfrentou George Foreman em Kinshasa, no Zaire. Muhammad Ali flutuou, correu, apanhou e cansou seu adversário antes de partir para o ataque e levar Foreman para a lona. Fazendo um paralelo com o velho e rude esporte bretão, é mais ou menos isso que o Manchester City fez com o Paris Saint-Germain nesta quarta-feira (28). A equipe de Pep Guardiola sentiu a boa marcação da equipe de Mbappé, Neymar e companhia no primeiro tempo, mas manteve a estratégia e foi aproveitando os momentos de cansaço e desconcentração para conquistar uma vitória importantíssima na briga por uma vaga na decisão da Liga dos Campeões da UEFA. A comparação com o melhor boxeador de todos os tempos não é mero exercício de retórica.

Diante de um adversário que sabe muito bem como preencher espaços e aplicar bem os movimentos dentro do cada vez mais preciso “jogo de posição” adotado por Pep Guardiola, Mauricio Pochettino apostou num 4-4-2 de forte marcação no meio-campo, linhas bem fechadas e saída em alta velocidade nos contra-ataques. Com Di María voando pela direita e com os volantes Paredes, Gueye e Verratti (um dos melhores da partida enquanto teve fôlego), o PSG conseguiu deixar o Manchester City completamente desconfortável nos primeiros 45 minutos no Parque dos Príncipes. Enquanto De Bruyne, Bernardo Silva, Gündogan, Phil Foden e Mahrez tentavam construir as jogadas sem sucesso, o PSG também levava perigo nas bolas paradas. E nesse ponto, é impossível deixar de falar da grande fase de Marquinhos, perfeito nas antecipações e cada vez mais decisivo na frente. O primeiro tempo foi todo do time de Mauricio Pochettino.

Se Di María mostrava mais uma vez a sua importância no Paris Saint-Germain, o trio de volantes formado por Paredes, Gueye e Verratti também tinha atuação destacada na partida. Principalmente quando se notava que o Manchester City quase não tinha espaço para circular a bola na frente da área de Keylor Navas. E não é exagero nenhum afirmar que muita gente esperava que Pep Guardiola fosse fazer ao menos uma única modificação na sua equipe. No entanto, os Citzens voltaram do intervalo sem mudanças e com uma postura muito mais agressiva e intensa do que nos primeiros 45 minutos. O estilo “Muhammad Ali” de jogo começou a dar resultado logo depois da entrada de Zinchenko no lugar de João Cancelo. Ao invés de um lateral que cortava para o meio, Guardiola apostava num lateral que abria o campo e dava profundidade. Tudo para dar mais espaço para Kevin de Bruyne fazer aquilo que sabe fazer muito bem.

Bastou uma queda no ritmo do Paris Saint-Germain para que De Bruyne empatasse a partida com De Bruyne aproveitando vacilo de Keylor Navas aos 18 minutos do segundo tempo. E assim como aconteceu no duelo entre Muhammad Ali e George Foreman, o City aproveitou bem o momento em que seu adversário “sentiu o golpe” e “abriu a guarda”. Aos 25 minutos, viria o gol da virada dos Citzens. Gueye cometeu falta em cima de Phil Foden na entrada da área. Mahrez cobrou, Kimpembe e Paredes deixaram a bola passar e deixa o goleiro do PSG completamente vendido no lance. Com o advesário atordoado e sem fôlego para conter o ímpeto ofensivo de um Manchester City cada vez mais envolvente na partida (exatamente como fez no primeiro tempo), o PSG viu suas forças se esvaírem de vez quando o volante Gana Gueye (que até que fazia boa partida no Parque dos Príncipes) cometeu falta feia em cima de Gündogan e levou o cartão vermelho.

Há como se discutir se De Bruyne também merecia ser expulso depois de pisão em Danilo Pereira. O que não se discute é como Pep Guardiola tem segurançaa sobre suas escolhas e como o Manchester City já incorporou quase que totalmente o “jogo de posição”. O volume ofensivo da equipe inglesa impressiona. Assim como a maneira com a qual os Citzens construíram a virada na casa do Paris Saint-Germain. Com muita movimentação, passes precisos e a total confiança no trabalho realizado pelo seu treinador, o Manchester City deu um passo importantíssimo rumo à sua primeira final de Liga dos Campeões da UEFA. E nesse ponto, também é impossível não exaltar o futebol de Kevin de Bruyne. Seja no meio-campo ou adaptado como referência móvel na equipe inglesa, o camisa 17 vem mostrando como Pep Guardiola tem a capacidade incrível de potencializar talentos em prol do jogo coletivo por onde passou.

A lição que fica da partida desta quarta-feira (28) é que tática e estratégia são importantíssimas no esporte. Vencer seus adversários no futebol (foco desta humilde análise) requer estudo sério e trabalho dedicado de todos os que participam e pensam o jogo. Sobre a luta contra George Foreman (que ficaria conhecida como “The Rumble in the Jungle” pela imprensa da época), Muhammad Ali sabia que correria riscos ao adotar a estratégia que adotou. Mas também é preciso ter coragem para vencer. E foi isso que o Manchester City teve contra o PSG.

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