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Qualidade do Fluminense prevalece sobre um Botafogo completamente perdido, sem rumo e sem força ofensiva

Na coluna PAPO TÁTICO, Luiz Ferreira analisa a atuação das equipes comandadas por Roger Machado e Marcelo Chamusca no jogo deste sábado (17)

Por Luiz Ferreira em 17/04/2021 19:41 - Atualizado há 9 meses

Mailson Santana / Fluminense FC

Na coluna PAPO TÁTICO, Luiz Ferreira analisa a atuação das equipes comandadas por Roger Machado e Marcelo Chamusca no jogo deste sábado (17)

É preciso dizer que Fluminense e Botafogo fizeram uma partida sem muitas emoções no Maracanã. Mesmo assim, o contraste entre as duas equipes era evidente. Se o Tricolor das Laranjeiras tocava bem a bola no meio-campo, preenchia bem os espaços e era mais consistente na sua defesa (ainda que hesitasse demais no terço final), o Glorioso não teve um mínimo de organização e de força ofensiva em todos os noventa e poucos minutos do jogo deste sábado (17). A vitória por 1 a 0 dos comandados de Roger Machado não foi apenas um resultado justo. Ela escancarou ainda mais os problemas do escrete comandado por Marcelo Chamusca na construção das jogadas, na saída de bola e no posicionamento da sua defesa nas bolas aéreas. Se o Fluminense fez uma partida correta (e nada mais) no Maracanã, o Botafogo parece ter escolhido um caminho ainda mais tortuoso do que na temporada passada.

Impossível não observar na formação escolhida por Roger Machado para o Clássico Vovô deste sábado (17) como uma prévia do que o torcedor tricolor deve ver na partida contra o River Plate pela Libertadores. A trinca de volantes formada por Wellington, Martinelli e Yago Felipe tinha o claro objetivo de liberar Nenê pela esquerda. O problema é que Egídio hesitava muito no apoio e deixava o camisa 77 um pouco isolado no setor. Já Marcelo Chamusca manteve o seu tradicional 4-2-3-1/4-2-4 no Botafogo com Marco Antônio e Ronald pelos lados e Ricardinho por dentro. O Fluminense tinha mais posse de bola e melhorou sua produção ofensiva com Martinelli mais avançado e Yago Felipe aparecendo mais pela esquerda. Mas ainda faltava o toque final de intensidade para vencer a última linha defensiva do seu adversário. A grande verdade é que o primeiro tempo foi de nível bem baixo no Maracanã.

Marcelo Chamusca manteve seu 4-2-3-1/4-2-4 no Botafogo e viu sua equipe ser completamente dominada por um Fluminense muito mais organizado, mas que não tinha intensidade suficiente para vencer a última linha. Ao mesmo tempo, Roger Machado optou por uma formação mais “pegadora” já pensando no jogo contra o River Plate.

Assim como aconteceu na vitória sobre o Nova Iguaçu (em observação feita pelo próprio Roger Machado após a partida), o Fluminense tinha volume de jogo, mas não tinha intensidade suficiente nas suas transições. E isso diante de um Botafogo que cedia espaços demais entre as suas linhas e falhava ao extremo nas coberturas e nas transições. Problemas que chamam a atenção mesmo depois da eliminação na Copa do Brasil para o ABC de Natal e às vésperas do início de um Campeonato Brasileiro da Série B que promete ser um dos mais disputados dos últimos anos. Na prática, o que se viu em quase toda a partida no Maracanã foi um jogo mais amarrado e protagonizado por duas equipes sem muita vontade de arriscar algo além do usual. O Fluminense tentava manter a bola no ataque e o Botafogo se defendia e tentava sair para os contra-ataques. Tudo meio que na base do “aleatório”.

O Fluminense conseguia manter a bola no campo de ataque, mas sempre esbarrava na última linha do Botafogo. Ainda que a equipe tricolor encontrasse muitos espaços na frente da área e estivesse bem posicionada, faltava qualidade e objetividade nas jogadas de ataque. Foto: Reprodução / YouTube / Cariocão TV

O gol de Nino marcado aos três minutos do segundo tempo (na jogada de bola parada que descomplica a vida de todas as equipes do mundo desde os tempos de Fergus Suter) deixou o Fluminense bem à vontade na partida. Ainda mais quando o Botafogo simplesmente não conseguia ter um mínimo de força ofensiva. Muitas bolas levantadas na área e nenhuma mudança significativa no desempenho dentro de campo com as entradas de Warley, Gabriel, Felipe Ferreira, Ênio e Marcinho. Ainda que Roger Machado tenha poupado alguns dos seus principais jogadores pensando na estreia na Libertadores contra o River Plate, o panorama da partida não mudou nem mesmo quando o escrete das Laranjeiras diminuiu um pouco o ritmo. Samuel Xavier e Cazares ainda precisam de mais minutos e mais entrosamento, mas a tendência é que os dois passes a ser bastante utilizados durante essa temporada.

Roger Machado descansou seus principias jogadores e recolheu as linhas do Fluminense após o gol marcado pelo zagueiro Nino. O Botafogo não conseguiu ser efetivo nem mesmo quando seu adversário diminuiu o ritmo e abriu espaços no meio-campo. Atuação muito ruim do time de Marcelo Chamusca nesse sábado (17).

O torcedor tricolor pode (e deve) reclamar de dois pênaltis não marcados no primeiro tempo. Mas se o nível da arbitragem de Rodrigo Carvalhaes de Miranda foi bem abaixo do esperado, o mesmo deve ser dito da partida como um todo no Maracanã. Ainda que por motivos distintos, Fluminense e Botafogo deixaram a impressão de que não quiseram correr muitos riscos. Principalmente os comandados de Roger Machado. A atuação protocolar e que apenas confirmava a superioridade técnica e tática em cima do seu rival apenas confirmou que todos estão preocupados com o jogo contra o River Plate, marcado para esta quinta-feira (22), no Maracanã. O Botafogo, por sua vez, segue em queda livre depois de ter dado um fio de esperança ao seu torcedor com o bom início na Copa do Brasil. Hoje, o time de Marcelo Chamusca está bem abaixo das principais equipes do Brasileirão da Série B. E isso é preocupante demais.

Fluminense e Botafogo mostraram as suas credenciais mais uma vez nessa temporada. Ainda que Roger Machado e Marcelo Chamusca ainda estejam em início de trabalho, a atuação das duas equipes indicaram o caminho que cada uma delas deve seguir nos próximos meses. Enquanto o escrete das Laranjeiras vai mostrando uma certa evolução dentro de campo, o Glorioso deixa a sensação de que vai passar por maus bocados em 2021. Será?

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