Em busca de reforços para o ataque, Palmeiras tem dupla que custou quase R$ 70 milhões emprestada
Enquanto o Palmeiras tenta reforçar o ataque para 2021, a dupla emprestada vive momentos opostos
Enquanto o Palmeiras tenta reforçar o ataque para 2021, a dupla emprestada vive momentos opostos
O técnico Abel Ferreira reforçou o pedido por reforços para o ataque do Palmeiras após a vitória por 2 a 1 sobre o Defensa y Justicia, no primeiro jogo da Recopa, quando afirmou, inclusive, que não iria mais “tocar nessa tecla” porque já havia sido muito claro antes. O pedido do comandante português ainda não foi atendido, mas não é por falta de tentativas da diretoria.
O clube chegou a negociar c contratação do colombiano Santos Borré, do River Plate, mas optou por desistir do negócio por causa dos altos valores. Diego Costa, ex-jogador do Atlético de Madrid, chegou a ser dado como reforço certo pela imprensa internacional, mas Abel descartou qualquer possibilidade de negociação.
Atualmente, o Palmeiras tem dois nomes no radar: Valentín Castellanos, do New York City, dos Estados Unidos, e Ademir, do América-MG. O primeiro faz a função de centroavante e chegaria para brigar por posição com Luiz Adriano, enquanto o segundo atua pelos lados do campo. As conversas por ambos estão travadas na parte financeira.
Curiosamente, enquanto a diretoria corre para tentar suprir as carências do elenco, o próprio Palmeiras é dono dos direitos econômicos de dois centroavantes que juntos custaram quase R$ 70 milhões aos cofres e estavam na equipe que conquistou o Campeonato Brasileiro em 2018: Miguel Borja e Deyverson.
O colombiano Borja chegou ao Palmeiras em alta, logo após conquistar a Libertadores pelo Atlético Nacional-COL e ser eleito o ‘Rei da América’. Contratação mais cara da história do clube, em 2017 o atacante teve 70% dos direitos adquiridos por 10,5 milhões de dólares (cerca de R$ 33 milhões à época). Em 2020, o Verdão teve que desembolsar mais 3 milhões de dólares (R$ 16,2 milhões na ocasião) para comprar os outros 30% como previsto no contrato.
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Deyverson chegou ao Palmeiras meses depois de Borja, já no segundo semestre, e de forma inesperada. Com a ajuda da Crefisa, assim como na contratação do colombiano, o time Alviverde pagou 5 milhões de euros (R$ 19 milhões à época) por 70% dos direitos do jogador junto ao Levante, da Espanha.
Ambos atacantes nunca caíram nas graças da torcida e sempre se revezavam no time titular por falta de outras opções – e foi assim com todos os treinadores que passaram pelo clube no período: Cuca, Roger Machado e Felipão. Sem espaço na equipe sob o comando de Luxemburgo, os dois foram emprestados ao final da temporada de 2019 e vivem momentos opostos.
Cedido ao Junior Barranquilla, Borja se firmou como artilheiro da equipe, que negociou a ampliação do empréstimo junto ao Verdão. Deyverson, por sua vez, passou primeiro pelo Getafe-ESP, onde tinha uma cláusula de obrigação de compras por metas – o que não aconteceu. Após o fim do contrato e sem o desejo de Luxemburgo em contar com o jogador no segundo semestre de 2020, ele foi novamente emprestado, agora para o Alavés-ESP. O desempenho abaixo do esperado pode indicar que o clube espanhol não irá buscar uma ampliação do vínculo após a temporada.
Vale destacar ainda que Deyverson tem contrato com o Palmeiras até junho de 2022, enquanto o vínculo de Borja é válido até dezembro do mesmo ano.
Veja os números dos jogadores durante o período de empréstimo:
- Borja (Junior Barranquilla-COL)
47 jogos
27 gols
5 assistências - Deyverson (Getafe e Alavés-ESP)
30 jogos
2 gols
3 assistências
*Dados do site Transfermarkt.
Abel Ferreira queria ver Borja no elenco para a temporada de 2021:
Antes do Palmeiras ampliar o empréstimo de Borja junto ao Junior Barranquilla no início do ano, o técnico Abel Ferreira chegou a planejar o retorno do jogador para 2021, mas uma exigência feita pelo colombiano acabou frustrando os planos do comandante português, que afirmou que o atacante queria retornar ao Verdão para ser inscrito na fase final da Libertadores.
“O Borja foi convidado a estar conosco, pois eu queria ver o Borja em janeiro. Eu falei com ele pessoalmente, gostei muito da nossa conversa. Sei que foi muito criticado por nossos torcedores, mas queria falar com ele. Disse a ele: vamos ter uma parada agora, mas quero que venha para eu te ver. Ele disse: ‘Professor, gostaria de ir, sim, gostaria de jogar a Libertadores'”, contou Abel Ferreira em entrevista à TNT Sports.
“Espera aí! Eles (os outros jogadores) estão aqui comigo, trabalhando o ano inteiro, conseguiram a classificação na Libertadores, você vai chegar dois dias antes, eu vou te inscrever, ter que deixar um dos meus fora para você jogar? Não. Quer vir, estar aqui, venha. Mesmo que o clube te empreste logo em seguida, mas queria te conhecer como pessoa, como jogador. Isso não é máquina”, explicou Abel.
O treinador palmeirense então que optou por correr o risco de ter apenas Luiz Adriano à disposição na reta final da Libertadores. “Quando ele disse que só viria pela Libertadores, eu disse: ‘Não vou fazer isso. Vou acreditar naqueles que me trouxeram aqui’. Mesmo que o Luiz Adriano se machucasse e eu ficasse sem ninguém, mas não gostaria de fazer isso”, completou.
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