Há 33 anos, Senna fazia sua primeira pole com a McLaren
Corrida no Rio abriu a temporada do primeiro título conquistado pelo brasileiro
Corrida no Rio abriu a temporada do primeiro título conquistado pelo brasileiro
A carreira vitoriosa de Ayrton Senna na Fórmula 1 tem uma série de marcos, e um deles completa exatos 33 anos nesta sexta-feira: no dia 2 de abril de 1988 o piloto brasileiro marcou sua primeira pole com a McLaren. Foi nos treinos classificatórios para o GP do Brasil, então disputado no circuito de Jacarepaguá, no Rio, hoje demolido.
Senna iniciava então sua primeira temporada pela equipe. Antes, havia corrido em 1984 pela Toleman, e de 1985 a 1987 pela Lotus. Embora nunca tivesse brigado diretamente pelo título, seu desempenho mostrava claramente que se tratava de um piloto de primeira linha: somava seis vitórias, duas em cada temporada pela Lotus, mesmo sem contar com um carro entre os melhores do grid.
Mas era nos treinos que Ayrton se destacava: nos três anos de Lotus, já havia marcado 16 poles. Na época, havia duas sessões de classificação, uma na sexta e outra no sábado, uma hora de duração e regras bem mais livres – a ponto de algumas equipes contarem até com motores especiais, mais potentes e menos resistentes, apenas para os treinos
Contratado pela McLaren para correr ao lado do bicampeão mundial Alain Prost, com um carro de ponta, a expectativa pelo primeiro classificatório de Ayrton em 1988 era grande.
Outros tempos, outras regras
Nos testes de pré-temporada, a McLaren já tinha dado sinais de que ia voar com seu modelo MP 4/4, o primeiro a ter motores Honda. Na sexta, dia 1º, Senna marcou o melhor tempo na primeira sessão de classificação, com 1min30s218.
No sábado, há exatos 33 anos, todos os carros melhoraram de desempenho, mas Senna não deu a menor chance: 1min28s096 e a 17ª pole da carreira. Nigel Mansell, então na Williams, ficou em segundo. Companheiro de Senna, Alain Prost foi o terceiro.
Na corrida do dia seguinte, porém, nada deu certo para Senna. O motor de seu carro apagou na hora da largada, que foi adiada. Ele usou o carro reserva, largou dos boxes e fazia uma ótima corrida de recuperação, mas foi desclassificado porque, pelas regras, não era mais possível trocar o carro principal pelo reserva. Prost venceu a prova com tranquilidade, seguido pelo Gerhard Berger, da Ferrari, e Nelson Piquet, da Lotus.
Sucesso após a frustração
O ano de 1988, no entanto, acabaria bem para Ayrton. Nas 15 corridas restantes, ele fez 12 poles, ganhou oito vezes e conquistou, no Japão, seu primeiro título na Fórmula 1. Ganhou ainda os Mundiais de Pilotos em 1990 e 1991.
Até sua morte, em 1994, no GP de San Marino, Senna marcou 41 vitórias e 65 poles. E, claro, deixou um legado que continua sendo celebrado até hoje.
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