Empreiteira tenta aprovar o plano de recuperação para a OPI, que construiu a Neoquímica Arena.
É que às 13 horas, o grupo Novonor, novo nome da empreiteira, tem mais uma tentativa de conseguir a aprovação de um plano de recuperação judicial para a OPI (Odebrecht Participações e Incestimentos), que construiu a Neoquímica Arena. A assembleia será eletrônica, como vem acontecendo e terá a participação da Caixa Econômica Federal como maior credora. O banco estatal tem nada menos do que 1,4 bilhão de reais a receber.
Timão espera desconto
O Corinthians aguarda por uma solução pois a empreiteira pediu um empréstimo à CEF para construir o estádio, enquanto o dinheiro do BNDES não saía e também porque o valor inicial ficou muito distante do valor real da obra. Embora não se tenha uma posição oficial e confiável do clube, existe a esperança por parte dos dirigentes de que o acordo entre a CEF e a Novonor lhe seja benéfico. O banco -se aprovado o plano de recuperação- pode dar um desconto de até 70% no valor da dívida.
Em cima disso, a dívida corintiana com a empreiteira sofreria o mesmo desconto. Nos bastidores do clube, falam que o novo valor seria algo em torno de 160 milhões de reais. Há quem jure ter ouvido do ex-presidente Andrés Sanchez que a dívida entre as partes (clube/Odebrecht) seria zerada.
A Caixa, porém, tem dificultado o acordo para a aprovação do PRJ da empreiteira, sendo esta a principal razão para tantos e seguidos adiamentos da assembleia.
Os advogados fazem sempre questão que conste em ata a necessidade de que seja dado a ela o prazo de 60 dias para avaliar qualquer plano apresentado.
Mesmo que saia fumaça branca da assembleia virtual de hoje, o Corinthians terá que esperar a manifestação do juiz aprovando o plano de recuperação e aí, sim, esperar a posição da empreiteira sobre a dívida.
Vale sempre lembrar que a antiga direção do Corinthians tinha prometido resolver essa questão no ano passado. E não cumpriu.