Recopa: Abel Ferreira lamenta decisão longe do Allianz Parque e assume responsabilidade por vice
Abel Ferreira afirmou que o elenco precisa ‘aguentar a dor’ para dar sequência à reação na temporada
Abel Ferreira afirmou que o elenco precisa ‘aguentar a dor’ para dar sequência à reação na temporada
Depois de perder a Supercopa do Brasil para o Flamengo na disputa de pênaltis no último domingo (11), o Palmeiras ficou com o vice-campeonato da Recopa Sul-Americana ao perder por 2 a 1 para o Defensa y Justicia no tempo normal e na disputa de pênaltis no estádio Mané Garrincha, em Brasília. O Verdão havia vencido o jogo de ida, na Argentina, pelo mesmo placar.
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Após a partida, o técnico Abel Ferreira analisou a atuação do time Alviverde e assumiu a responsabilidade pela perda do título. O treinador português ainda lamentou o fato da partida não ter sido realizada no Allianz Parque, que tem o gramado sintético como um dos trunfos da equipe.
“Infelizmente o jogo teve de ser realizado aqui [em Brasília], preferia que fosse na nossa casa, no Allianz. Por circunstâncias alheias a nós, infelizmente não era aqui que deveríamos ter disputado a final, mas sim em nossa casa”, começou Abel.
“E sobre o jogo, do outro lado há uma equipe de qualidade, intensa, argentina, mas podemos estar aqui a dar as desculpas que quiser. O que fica é o resultado, é o que conta. Tivemos pouco menos de um minuto de levantar a taça e não fomos capazes de conseguir, por um arremate a 40 metros da baliza que levou ao prolongamento. Tivemos uma expulsão no jogo, estes são fatores que determinam o desenrolar do jogo. Tivemos um pênalti para sair na frente, mas o futebol é isso. E no futebol, ainda mais no Brasil, temos de encontrar culpados e o culpado sou eu”, acrescentou.
O comandante palmeirense ressaltou que “não há sorte ou azar”, mas sim “detalhes que fazem diferenças” – no caso do Palmeiras, com um jogador a menos após a expulso de Viña no segundo tempo, o time tomou a virada faltando um minuto para acabar o jogo. Já na prorrogação, Gustavo Gómez teve a oportunidade de empatar em cobrança de pênalti, mas acabou desperdiçando.
“No primeiro tempo, criamos mais oportunidades que nosso adversário, podíamos ter feito mais gols. Tentamos da maneira que nós sabemos, um gramado que não estava em boas condições, cheio de buracos, mas para as duas equipes. Foi um jogo muito competitivo, muito equilibrado, e tivemos tudo, como contra o Flamengo, para poder vencer. Nos pênaltis contra o Flamengo tivemos dois pênaltis para poder vencer, hoje tivemos um na prorrogação, então não há sorte ou azar, há detalhes que fazem diferenças”, avaliou.
Abel não sabe como o elenco do Palmeiras irá reagir as perdas de títulos da Supercopa e da Recopa, mas afirmou que os jogadores precisam aguentar a dor.
“Vai ser um desafio. Foram dois jogos que perdemos nos pênaltis, com tudo para ganhar durante o tempo normal. Temos que aguentar a dor, não há outra forma, temos que sofrer, que é o que sinto agora. Para perder é preciso chegar aqui. Essa equipe ganhou o Paulista, não comigo, perdeu um Brasileirão porque era impossível com o calendário que tínhamos, ganhamos a Libertadores porque fomos para a final, perdemos o Mundial porque fomos à final, perdemos a Supercopa porque fomos à final e perdemos a Recopa porque fomos à final. Vai ser um ano duro, mas é aguentar, suportar e seguir em frente”, completou o comandante do Verdão.