Clube entrou em queda após não conseguir vaga na elite
A história do modesto Icasa poderia ser outra caso a CBF e o STJD tivessem decidido pela perda de pontos do Figueirense na Série B do Brasileirão de 2013 após a escalação irregular de Luan, do time catarinense. O Figueira ficou em quarto e subiu, enquanto o Icasa, em quinto, ficou um ponto atrás e iniciou uma queda que deixou o clube atualmente sem série e com passagem pela Série B do Campeonato Cearense.
Iniciou-se uma guerra na Justiça e o Icasa tenta reaver quantias milionárias que receberia caso a história fosse outra. França Bezerra, presidente do clube, disse à Icasa TV que chegou a ver pessoas passando fome entre 2017 e 2018, quando a equipe quase paralisou suas atividades.
“Estamos aqui para recuperar, inclusive, o descrédito que tem o Icasa e essa decepção que nos causaram os dirigentes irresponsáveis. Não quero citar nomes, mas foram muito irresponsáveis, todo mundo sabe disso. A gente quer resgatar para que o torcedor sinta-se novamente valorizado e valorize também o time”, disse Bezerra ao canal do Youtube do Icasa.
A CBF foi condenada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro a pagar R$ 20 milhões ao Icasa pelo problema causado em 2013. Na segunda instância, a 6ª Câmara Cível do TJ-RJ decretou R$ 15 milhões referente à 1ª demanda e mais R$ 3 milhões da 2ª.
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O Icasa conquistou a Série B do Campeonato Cearense em 2020 e está de volta à elite / Foto: ADRC Icasa/Divulgação
Após mais um triunfo, o Icasa solicitou indenização de mais R$ 52 milhões à CBF. Segundo publicou o Yahoo Esportes, a ideia não é que a entidade pague esse valor quase triplicado em relação ao ganho na Justiça, mas ao menos se mobilizarem para arcarem com os R$ 18 milhões já condenados a serem pagos.
O Icasa voltou em 2021 à elite do futebol cearense e tenta se reerguer no cenário nacional.
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