FPF apresenta plano com “bolha de segurança”, mas Campeonato Paulista segue paralisado
Apesar das medidas para combater o coronavírus, o Campeonato Paulista não será retomado no estado
Apesar das medidas para combater o coronavírus, o Campeonato Paulista não será retomado no estado
Em nota oficial, a FPF divulgou os detalhes do plano que foi apresentado para o Governo de São Paulo e o Ministério Público. Dessa forma, a entidade buscou que o Campeonato Paulista não fosse suspenso até 30 de março, sugerindo que uma “bolha de segurança” fosse criada. Porém o pedido foi rejeitado, e a decisão inicial seguirá mantida.
“A partir do anúncio da paralisação do futebol, a FPF estudou alternativas e elaborou, com base em dados científicos, um protocolo ainda mais rigoroso para proteger atletas, comissões técnicas, árbitros e os profissionais do futebol. O documento prevê a redução de 56% da quantidade de partidas disputadas no período da Fase Emergencial, com a suspensão temporária da Série A3 e parcial da Série A2 do Campeonato Paulista — a Série A1 teria seus 24 jogos realizados”
“Para assegurar ainda maior segurança aos profissionais, o novo protocolo criava novamente o conceito de “Bolha de Segurança”, com todas as delegações testadas e isoladas em hotéis ou centros de treinamento até o fim deste período. Sem qualquer contato externo, os clubes se deslocariam apenas para os estádios (totalmente desinfetados) e retornariam para seus alojamentos, com testagens antes e depois das partidas. Além disso, o número de profissionais de operação de jogo nos estádios seria reduzido em 70%, com um esforço coletivo de comunicação para conscientizar torcedores da necessidade do isolamento social”, defendeu a FPF.
PROTOCOLO DE SAÚDE
Além disso, foi ressaltado o rígido controle para evitar contaminação em massa nos jogos. No entanto, o plano não foi suficiente para reverter a paralisação do Paulista.
“O futebol é a atividade econômica que possui um rigoroso e inédito protocolo de saúde, com testagens semanais de seus colaboradores e acompanhamento médico diário. Com a paralisação, mais de 3.000 atletas, membros de comissões técnicas e funcionários das agremiações param de ter esse controle médico. O rígido controle faz com que o futebol tenha uma taxa de positividade de 2,2% —15 vezes inferior à taxa do Estado de São Paulo e menor do que a metade do que o número recomendado pela OMS para controle da pandemia (5%)”
“A FPF esclarece que, embora todas as medidas tenham sido bem recebidas pelo Governo de São Paulo e pelo Ministério Público, o pleito foi rejeitado sob argumentos que fogem de qualquer conceito médico e científico já visto mundialmente no combate à COVID-19. Nesta tarde (16), a FPF e os clubes das Séries A1, A2 e A3 se reunirão novamente para discutir as medidas que serão tomadas, garantindo a conclusão das competições em suas datas programadas“, finalizou a entidade.
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