Entidade acredita que o protocolo de “bolha” pode garantir continuidade do Paulistão
Em entrevista ao programa “Seleção SporTV“, Reinaldo Carneiro, presidente da FPF, falou sobre a pausa do Paulistão como medida de combate ao coronavírus. Dessa forma, o dirigente citou que o plano apresentado para o Governo de São Paulo e também ao Ministério Público poderia evitar a paralisação do campeonato, algo que não surtiu efeito, já que a suspensão foi mantida.
“Nós propomos ao Ministério Público e ao governo do estado testar todos os atletas, isolar todos, quem tem CT, no CT, quem não tem, em hotéis. Testar antes de todas as partidas, ninguém sairia da bolha, com um número reduzido dos profissionais do clube e dos que fazem as partidas. Em média temos 176 pessoas em uma partida de futebol, íamos reduzir para 55. Imprensa, só os detentores dos direitos”
“Seríamos extremamente rígidos, mas mesmo assim, sem ciência e medicina, não foi aceito. Próximos passos: estamos estudando com cautela a alternativa de jogar em outros estados. Por enquanto, com muita cautela, só após estar ajustado com prefeitos e governadores que daremos esse passo”, declarou.
JUSTIÇA PODE SER ACIONADA
Agora, o meio jurídico tem chances de ser acionado. Isso porque a FPF deseja que o Paulistão siga para que os atletas dos times com menor orçamento não sejam prejudicados.
“Óbvio que a Justiça é a última das opções, mas quem não teve um problema com inquilino, batida de automóvel, problema com patrão, e foi para a Justiça resolver. Ir atrás disso faz parte da democracia. O futebol procurou o governo e o Ministério Público várias vezes. Esgotamos qualquer forma de diálogo. Justiça é a última opção, quando não tiver mais caminho. Estamos falando de 48 clubes que têm contratos com seus profissionais. Nós falamos do futebol como se só existissem clubes grandes, mas não, a grande realidade do futebol brasileiro são os clubes pequenos… O cara precisa do salário para sustentar a família. A gente não defende a manutenção das competições por causa de grandes clubes, de atletas que recebem grandes salários”
“Queremos salvar a saúde financeira e física dos pequenos, dos humildes. Se eles forem para casa ficarem nesses 15 dias, perdem os testes, acompanhamento médico e até correm chance de perder o salário. E não são só atletas, são os massagistas, preparadores… Vamos pensar no todo. Parar de pensar só na elite, esses têm plano de saúde. A gente tem que cuidar dos humildes“, expressou.
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