Atletas em todo foram impactados física e mentalmente com a pandemia do coronavírus
A pandemia do COVID segue sendo um problema mundial e sem previsão de quando esta situação será solucionada. O esporte foi exceção, afinal diversas competições foram paralisadas, adiadas e até mesmo postergadas.
As paralisações foram necessárias em todos os esportes. Ações como fechamento de campos, quadras e pistas foram necessárias para conter o avanço do vírus. Só que a pandemia mexeu não só na parte financeira, mas também no psicológico de torcedores e atletas.
Esse assunto é algo que preocupou atletas e instituições. Dessa forma, o trabalho de psicólogos acabou sendo vital na preparação dos profissionais. A professora do curso de Psicologia da Universidade São Judas, Gisele Silva, explica melhor sobre como essa situação foi tratada.
“Tiveram clubes que mantiveram os trabalhos de casa através de marcação de treinos online com horário marcado. Alguns atletas tinham dificuldade de acesso à internet e os clubes contribuíam com verbas de apoio e os atletas eram monitorados semanalmente por preparadores físicos, fisiologistas entre outros profissionais”, explica a professora.
No caso dos atletas mais velhos, o foco foi em tirar o tempo para aproveitar a família, bem como realizando atividades com jogos, assistir filmes, cozinhando em conjunto e mantendo contato com familiares distantes através de ligações com vídeo.
“Após os três meses de isolamento, os atletas começaram a fazer reclamações sobre o distanciamento. Eles sofriam com a necessidade de ficar longe dos amigos, de não ter atividades para fazer e a angústia por não saberem quando a rotina de treinos presenciais seria retomada”.
Impacto do COVID nos jovens atletas
Já para os atletas mais novos a situação foi diferente desde o começo. “Os menores de 15 anos estão afastados até hoje, sem previsão de retorno. Alguns atletas de 17 anos em diante voltaram em setembro. Mas psicologicamente, percebemos o aumento na incidência de atletas com ansiedade e sintomas de tristeza. Para monitorar os casos, fazíamos sessões individuais a cada 15 dias, por serem grupos de 60 atletas” explica a psicóloga.
Após muitas especulações, acordos, reuniões e conversas, a CBF e outras organizações esportivas, respeitando as normas estabelecidas pela OMS, decidiram retornar os jogos, seguindo as medidas protetivas de testagem do COVID-19 48h antes dos jogos. Além disso, medidas dentro e fora do campo foram implantadas para evitar contato físico dentro do possível.
Com o retorno dos jogos e treinos em seus respectivos CT’S (Centros de Treinamento), os atletas voltaram a sentir-se menos angustiados. Além disso, é possível notar uma diminuição nos níveis de stress e sem a preocupação de ter que adaptar o ambiente pessoal para a rotina de treinos. Por outro lado, a psicóloga explica que com a mudança no calendário esportivo os treinos e intervalos entre jogos foram mais rigorosos.
Apesar do distanciamento social não ser mais um problema, o cansaço físico e mental ainda preocupa. Dessa forma os atletas contam com atenção redobrada dos profissionais da saúde física e mental para manter o foco nos treinos. Além disso, o foco na retomada da rotina já conhecida, mas adaptada.
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