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Comentarista da ESPN detona diretoria do Flamengo por ‘caso Gabigol’: “Diretoria que menos levou a pandemia a sério”

Por Danielle Barbosa em 15/03/2021 23:02 - Atualizado há 4 anos

Alexandre Vidal / Flamengo

Flamengo optou por tratar o caso como um assunto particular de Gabigol; atacante reconheceu o erro e pediu desculpas

A polêmica envolvendo o atacante Gabriel Barbosa, flagrado em um cassino clandestino com cerca de 200 pessoas na madrugada de domingo (14), seguiu repercutindo nos programas de debates esportivos nesta segunda. A jornalista Daniela Boaventura, da ESPN Brasil, afirmou que o episódio demonstrou como o camisa 9 ainda precisa aprender a se portar como ídolo.

“Quando o Gabriel faz o que fez, ele não coloca em risco só ele e a própria família, mas também todos os companheiros e funcionários do clube. Então, a gente tá enfrentando uma pandemia e ele se coloca como um possível vetor. A questão é: vale o risco? Não deveria valer. O Gabigol precisa aprender o que é ser ídolo. Ele e a maioria dos jogadores de futebol desse tempo parecem achar que ser ídolo os coloca acima de todo mundo. E não é bem assim”, disparou Dani Boaventura durante o programa ‘Futebol Na Veia’.

A comentarista ainda fez duras críticas a postura da diretoria do Flamengo, que optou por tratar ocaso como assunto pessoal do atacante. “Infelizmente me entristece, mas não me surpreende. Já foi dito que vai ser tratado como um caso pessoal, questão do Gabigol que não estava a serviço do Flamengo. E, se a gente lembrar bem, essa é a diretoria que quis voltar antes de todas as outras o futebol durante a pandemia, é a diretoria que menos levou a sério e mais se colocou em risco ao longo desse ano. Então, que moral que tem agora a diretoria do Flamengo para chamar a atenção do Gabigol?”, completou.

O comentarista André Kfouri, que também estava presente no programa, concordou com o posicionamento da companheira de bancada, e destacou ainda que a qualidade e a importância de Gabigol dentro de campo pesaram a favor do jogador

“A falta de punição, talvez, vai apenas aumentar o paternalismo que faz com que jogadores de futebol achem uma boa ideia fazer isso, desrespeitar todo tipo de regra e até mesmo leis. Ainda tem o componente de: quanto mais talento, mais paciência. Quanto o cara precisa fazer para que ele seja efetivamente punido pelo seu clube? Por isso, a paciência é proporcional a quantidade de talento, que ilustra a importância do jogador nesse ambiente interno que é quem deveria puni-lo. E as coisas não vão acontecer, simplesmente porque o Gabriel é o principal jogador do Flamengo”, opinou.

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