Casagrande volta a detonar Bolsonaro por postura diante da pandemia
Brasil registrou mais um recorde de casos da covid-19, e Casagrande voltou a criticar o presidente Bolsonaro por causa de sua gestão na pandemia
Brasil registrou mais um recorde de casos da covid-19, e Casagrande voltou a criticar o presidente Bolsonaro por causa de sua gestão na pandemia
Um dia após o Brasil registrar mais um recorde de casos de covid-19, 97.586 casos de pessoas infectadas, segundo a imprensa, o comentarista da Globo Walter Casagrande voltou a criticar o presidente Jair Bolsonaro por sua postura em relação à pandemia.
Casagrande, que criticou muito a gestão do presidente sobre o assunto em várias outras ocasiões, disse que o Brasil vive um momento “caótico” por conta de Bolsonaro.
“Eu queria destacar o que a seleção norueguesa fez ao entrar em campo pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. Vestiram a camisa com uma mensagem lembrando a importância dos direitos humanos, levantando a questão sobre os trabalhadores que estão se dedicando para construir estádios e deixar tudo pronto para os atletas e celebridades. O mundo precisa de mensagens assim. Eu não vejo nada disso no Brasil. Estamos vivendo um momento caótico por conta do Jair Bolsonaro”, disse ele.
Casagrande continuou citando também o golpe militar na Argentina e a falta de posicionamento dos atletas sobre o que estão vivendo com a pandemia.
“O futebol é uma arma fortíssima para se passar mensagens. É muito bonito o que os clubes argentinos fizeram essa semana, lembrando dos 45 anos do golpe militar. Mas aqui no Brasil, como um país vai produzir memória desse tipo, se o presidente da república nega que teve golpe militar no Brasil? Ele nega as mortes e as torturas. E ainda disse que essa pandemia não passava de uma gripezinha. Como um país desse vai ter memória? Pela postura do Jair Bolsonaro, Rogério Caboclo e Reinaldo Carneiro Bastos, eu não acredito que todos os jogadores brasileiros são alienados. Acredito que muitos sejam politizados e muitos sofrem com tudo isso que está acontecendo. Só que pela postura ditatorial, autoritária e de intimidação desses dirigentes, os atletas pensam duas vezes antes de se manifestar. É difícil para gente ver um país vizinho totalmente consciente da história e do terror que aconteceu, enquanto a gente aqui pensando em carnaval e continuar jogando futebol. O Brasil está em uma estrada para trás. Estamos em um retrocesso total”, completou o ex-jogador e comentarista do Grupo Globo.
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