Roger Machado irá substituir Marcão no comando do Fluminense em 2021
Roger Machado, 45 anos, foi confirmado como novo técnico do Fluminense. O técnico tem uma curta carreira de sete anos, mas é conhecido por ser um estudioso do futebol. Além disso, não costuma se apegar a apenas um esquema tático, exige de seus jogadores marcação sob pressão e não abre mão de atletas velozes na frente.
O Torcedores.com conversou com jornalistas, que ajudaram a trazer mais informações sobre as características de trabalho do novo treinador tricolor. Com passagens por Grêmio, Palmeiras, Atlético-MG e Bahia, Roger Machado chega ao clube com a missão de comandar o Fluminense na Copa Libertadores da América de 2021.
Contudo, o ex-lateral-esquerdo terá outros assuntos para administrar: ser assertivo nas contratações, formar um elenco competitivo com a falta de recursos para grandes reforços, valorizar os jogadores formados nas categorias de base e conduzir um vestiário com Fred, Nenê e Paulo Henrique Ganso. Confira a opinião dos especialistas!
Breno Monsef | Rádio 94 FM
“Eu preferia que o Marcão continuasse à frente do Fluminense. A passagem do Roger Machado pelo Bahia não foi boa. Começou até bem, mas desde a segunda metade de 2019 o trabalho simplesmente desandou. Além disso, as eliminações na Copa Sul-Americana, Copa do Brasil e Copa do Nordeste ajudaram a deixar o clima pior, assim como a campanha de quase rebaixamento no Campeonato Brasileiro 2020. Posso ser surpreendido, mas não acho que seja um bom nome para o Fluminense em 2021”.
Gerson Júnior | Rádio Brasil
“Não acredito que o Fluminense terá condições de formar um time com grandes reforços para disputar a Libertadores. Não esperem grandes nomes. Todos sabemos que o clube passa por dificuldades financeiras. Essa administração tem feito um trabalho muito bom na gestão das finanças. Esse foi o grande segredo para a boa campanha no Brasileirão. O clube fará contratações pontuais para dar um elenco competitivo para Roger comandar o Fluminense na Libertadores”.
Leandro Dias | NetFlu
“Mesmo olhado sob desconfiança devido aos últimos trabalhos, Roger Machado tem o carinho da torcida do Fluminense pelo tempo que atuou pelo clube, com muito respeito e dedicação. Acredito que neste princípio, os tricolores abraçarão o treinador, que, para manter o bom ambiente, precisa manter o Fluminense competitivo dos últimos jogos pelo Brasileiro sob o comando de Marcão”.
Roberto Espíndola | Rádio 101 FM
“O esquema tático padrão de Roger Machado é o 4-2-3-1. Ele vai precisar de jogadores rápidos pelos lados para aproveitar a letalidade do Fred. O atual elenco, formado por muitos jovens, permite esse desafio tático com Michel Araújo centralizado. Pelos lados do campo as melhores opções são Luiz Henrique e John Kennedy. Uma movimentação constante desse trio confundiria a marcação adversária. Com isso, o Fred faria o pivô ou teria espaço para concluir as jogadas que viram do fundo do campo”.
Sérgio Guimarães | Rádio Tupi
“Roger Machado aprendeu muito com Luiz Felipe Scolari e Tite no período que jogou no Grêmio. Mas eu considero um treinador que tem estilo próprio. Ele fez questão de construir uma imagem e deixar sua marca pelos clubes comandou. Certamente fará isso no Fluminense. Eu o vejo com uma postura à beira do campo bem semelhante à de Renato Portaluppi, ou seja, que joga junto com o time durante os noventa minutos”.
Victor Mendes | Diário Lance
“Acredito que o trabalho do Odair Hellmann foi muito acima da expectativa e se o Fluminense conseguiu alcançar uma vaga na Libertadores, que sequer era objetivo inicial na temporada, foi muito por causa dele. Agora, quando falamos em legado, aí viramos a página. O grande mérito do Odair foi conseguir formar um time que por vezes foi pragmático, mas com muita coesão e eficiência, aproveitando a versatilidade de alguns jogadores do elenco. Não à toa, nos primeiros jogos do Marcão, o Fluminense foi bem menos competitivo que o costumou ser na temporada, já que o treinador foi por um caminho diferente do de Odair. A grande habilidade do Marcão foi gerir bem o psicológico do elenco e o maior uso de jogadores da base em detrimento de algumas peças-chaves questionáveis dos tempos de Odair. Até por isso, jovens como Calegari (que já vinha sendo utilizado), Martinelli, John Kennedy e Luiz Henrique (que também vinha sendo utilizado) terminam em alta”.
Victor Lessa | Rádio Globo
“Sinceramente, não acredito que o Ganso possa ter um desempenho maior do que o demonstrado até aqui. Talvez ele possa, com o Roger, recuperar pelo menos o nível apresentado nos melhores momentos de Fernando Diniz no comando do Fluminense. Não tenho dúvidas de que ele é capaz de produzir mais, principalmente em relação ao que foi visto na temporada 2020. Então, sim, acho que o Roger pode fazê-lo evoluir, mas nada perto daquele Ganso que vimos anos atrás”.