Treinador do Paysandu fala em “belo trabalho”, mas diz sobre nível do time: “chegou no limite”

João Brigatti destacou o comprometimento dos jogadores durante a Série C, mas avaliou que faltou qualidade técnica, física e tática para conquistar o acesso

O treinador do Paysandu, João Brigatti, tomou o máximo de cuidado possível para não acusar ninguém após o clube alviceleste perder por 1 a 0 para o Ypiranga, neste sábado (16). O resultado mantém o time bicolor na Série C. O Papão dependia apenas de si mesmo para conquistar o acesso à Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro, mas não venceu o adversário gaúcho.

Em entrevista coletiva realizada após o jogo, Brigatti destacou o profissionalismo dos jogadores, mas avaliou que o time precisava ser melhor para subir de Divisão.

“Eu acho que o Paysandu nunca deixou de ser valente, de buscar as suas tradições, de buscar as vitórias. Mas acho que no futebol, como na vida, tudo tem um limite. Acho que nós chegamos no nosso limite, principalmente na hora decisiva”, declarou.

O Papão termina a participação no campeonato sem ter vencido e feito um gol sequer nos últimos três jogos. “Eu digo que chegou no limite. Vou bater em cima disso: no limite físico, técnico, tático. Enfim, quando a gente mais precisou, a gente pecou nessa situação”, reforçou.

João Brigatti foi contratado para ser treinador do Paysandu com a temporada 2020 do futebol brasileiro já em andamento. O objetivo inicial era livrar o clube do rebaixamento à Quarta Divisão.  Liderou o time bicolor em 12 jogos ao todo. O retrospecto é de seis vitórias, três empates e três derrotas.

“Nós chegamos numa situação muito difícil, em que a equipe estava até temerosa em relação ao rebaixamento. Conseguimos, com muito esforço de todos, reverter uma situação e classificamos com uma rodada de antecedência. Acho que foi um belo trabalho que fizemos. E pecamos agora no final”, concluiu.

Leia a seguir outros assuntos da entrevista de João Brigatti, treinador do Paysandu

Frustração por não obter o acesso e análise do jogo

“Isso é muito difícil: chegar numa partida que só depende de nós. Acho que a gente não soube se impor, principalmente no segundo tempo, e manter um volume de que jogo que a gente vinha mantendo no primeiro tempo. Saímos derrotados e, consequentemente, não conseguimos esse acesso, o que é terrível para o clube.

“Agora é seguir em frente, fazer o quê? Não tem outra situação a não ser a gente tentar, de uma outra maneira, esse ano buscar o acesso para a Série B”

Uchôa

“Foi vetado, não tinha a menor condição. Ele se empenhou ao máximo ao longo da semana. Fizemos um teste com ele, sentiu dores, ficou no banco até por ter vindo na viagem. Mas foi cortado pelo Departamento Médico. Não tinha a menor condição de entrar em campo”

Paysandu não fez gols nos últimos três jogos

“Quando você não faz gols é lógico que a equipe adversária se aproveita. Ou você empata, ou, se você tomar um gol, não tem forças. Foi o que aconteceu nos últimos três jogos: nós pecamos no poder ofensivo”

O time sai de cabeça erguida?

“O Paysandu tem que sair sempre de cabeça erguida. É uma equipe forte, guerreira, uma instituição que dá muito orgulho de vestir a camisa”.

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“Só resta agora, não resolve nada, pedir desculpas aos nosso torcedor e saber que a vida não para por aqui”