Santos e Botafogo decidiram a Taça Brasil no Maracanã com quase todos os titulares da seleção brasileira em campo
No próximo sábado (30), a partir das 17h00, Palmeiras e Santos disputam a grande decisão da Copa Libertadores da América, em jogo único no estádio do Maracanã. E os torcedores santistas têm um motivo a mais para aumentar a confiança pelo tetracampeonato.
O Alvinegro da Vila Belmiro é o time fora do Rio de Janeiro com mais títulos conquistados dentro do estádio carioca, local em que o Peixe mais vezes foi campeão ao lado do Pacaembu e atrás somente da Vila Belmiro.
Além de levantar os troféus dos Campeonatos Brasileiros de 1962, 1964, 1965 e 1968, do Torneio Rio-São Paulo de 1963, 1964 e 1997 e do Mundial Interclubes de 1963, o Santos também disputou no Maracanã aquele que é considerado o “Maior Jogo do Mundo”.
Em abril de 1963, há pouco menos de 58 anos, acontecia no mesmo palco da final da Libertadores de 2020 uma das grandes partidas da história do futebol: Botafogo x Santos, pela decisão da Taça Brasil, os dois clubes que no ano anterior formaram a seleção brasileira bicampeã na Copa do Mundo realizada no Chile.
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Segundo o Centro de Memória do Santos, na partida de ida das finais, o time santista superou o Botafogo pelo placar de 4 x 3 no Pacaembu, em São Paulo. Na sequência, foi ao Rio de Janeiro e acabou sendo derrotado pelo Alvinegro carioca por 3 x 1, sob os olhares de mais de 102 mil torcedores no Maracanã.
Dois dias depois, aconteceu o terceiro duelo para desempatar a decisão e conferior o título nacional ao vencedor, que representaria o Brasil na Copa Libertadores da América de 1963.
Aplaudido em pleno Maracanã por mais de 70 mil espectadores, a grande maioria botafoguenses, o Santos fez uma de suas maiores exibições e goleou pelo placar de 5 x 0, com gols de Dorval e Pepe no primeiro tempo e, na etapa final, Coutinho e Pelé (duas vezes).
O jornalista carioca Ney Bianchi, um dos profissionais mais respeitados da imprensa brasileira, definiu o duelo decisivo da Taça Brasil entre Santos e Botafogo como “O Maior Jogo do Mundo”, por reunir ídolos de ambas as equipes e quase todos os titulares da seleção brasileira: Nilton Santos, Zito, Zagallo, Gylmar, Mauro, Amarildo, Mengálvio, Coutinho e Pepe, além, é claro, de Garrincha e Pelé.
Bianchi escreveu um artigo de oito páginas sobre a partida para a revista “Fatos & Fotos” e, sem poupar elogios, relatou que o Maracanã ainda não havia visto “tamanha exibição de um jogo de futebol” e que o Santos “provou ser o melhor time do mundo”. Citou ainda que “cada gol foi uma obra-prima” e que a torcida carioca “esqueceu partidarismos para aplaudir o melhor”.
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— Torcedores.com (@Torcedorescom) January 27, 2021