Apesar do cenário, o presidente do clube bicolor, Maurício Ettinger, mostrou otimismo e crê na volta do público a curto prazo
A falta de público nos estádios causou um prejuízo milionário aos cofres do Paysandu. É o que declarou o presidente do clube alviceleste, Maurício Ettinger, em pronunciamento oficial publicado nesta segunda-feira (18). O time bicolor joga sem torcida desde agosto de 2020, em virtude da pandemia do novo coronavírus. O último jogo com o estádio cheio foi a vitória por 1 a 0 sobre o Castanhal, em jogo válido pelo Parazão 2020, em março.
“2020 foi um ano muito difícil. Tivemos essa pandemia que nos prejudicou financeiramente de uma maneira que a gente está tentando sobreviver. Fizemos as contas (do) que nós perdemos de bilheteria durante o ano todo, de março pra cá e durante o quadrangular também”, iniciou o mandatário bicolor.
“Se tivesse uma bilheteria, a gente estima que tinha alguma coisa entre R$ 9 a R$ 10 milhões. Ou seja, uns R$ 9,5 milhões que nos teria colocado, hoje, numa situação financeira muito boa”, acrescentou Ettinger.
Segundo o presidente do Paysandu, o clube não está numa situação pior por causa da torcida. No decorrer da temporada, o time paraense fez ações de marketing, lançou novos uniformes. De acordo com Ettinger, as campanhas foram bem aceitas.
“Nós não estamos numa situação financeira ruim porque nós tivemos vendas boas no final do ano. A torcida, sempre fiel, nos ajudou, vendemos muitas camisas”, declarou.
“Chegamos a ter um pedido total de 26 (mil) camisas da Negra, já entregamos umas 20.000. Dinheiro muito bem-vindo que tá ajudando a gente a pagar o elenco. Fechamos o ano numa situação estável”, disse.
Cenário pode mudar em breve
O público, entretanto, pode voltar em breve aos estádios, na opinião de Maurício Ettinger. O motivo é a chegada da vacina ao Brasil.
O país começou a vacinar os cidadãos nesta semana. A expectativa é de que, no Pará, o programa de vacinação comece nesta terça-feira (19).
“Temos uma projeção, até aprovada pelo Conselho, de todo o ano de 2021. A gente acredita que, lá pra abril, já deva estar começando alguma (presença) de público”, comentou Maurício Ettinger.
“Mais pra frente a gente tem que contar com a bilheteria porque é a nossa maior renda. O próprio sócio-torcedor depende muito. A maioria faz o sócio pra poder ir ao estádio”, observou o presidente do Paysandu.
O torcedor em geral, contudo, vai ter que esperar um pouco mais para ser vacinado. Isso porque o primeiro lote será destinado aos profissionais da saúde.
O estado dispõe de 173.240 mil doses da vacina. As informações foram confirmadas pelo governo paraense.
Salários estão atrasados
Maurício Ettiger também admitiu que o Paysandu tem um mês de salário atrasado, além do 13° salário. Outro ponto abordado pelo dirigente é que o clube deixou de pagar, integralmente, o Profut (programa criado mediante a lei 13.155/2015 que fiscaliza se os clubes estão pagando os impostos em dia).
“Estamos devendo ainda o mês de dezembro, o 13° salário que não conseguimos pagar, impostos que a gente teve que deixar de pagar. A gente deu prioridade pros salários dos jogadores e dos funcionários”, falou Ettinger.
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“Profut também a gente foi obrigado a parar de pagar. Ou seja, financeiramente foi um ano muito sacrificante pro Paysandu”, concluiu.
Assista ao pronunciamento completo no vídeo abaixo: