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Vasco de Vanderlei Luxemburgo recupera toque de bola e intensidade em boa vitória sobre o Atlético-MG

Por Luiz Ferreira em 24/01/2021 02:13 - Atualizado há 3 anos

Rafael Ribeiro / Vasco

Na coluna PAPO TÁTICO, Luiz Ferreira analisa a vitória do Trem Bala da Colina sobre os comandados de Jorge Sampaoli

Não é exagero afirmar que a atuação de hoje é a prova viva de que o Vasco tem todas as condições de se livrar do fantasma do rebaixamento e ainda beliscar uma vaga na próxima edição da Copa Sul-Americana. Primeiro pela maneira como os comandados de Vanderlei Luxemburgo “leram” bem os espaços generosos que o Atlético-MG de Jorge Sampaoli deixava na frente da sua defesa. E segundo (e talvez mais importante) pelo simples fato do Trem Bala da Colina não ter se intimidado com o poder ofensivo do seu adversário e mantido o plano de jogo do seu treinador. Os três pontos conquistados em São Januário foram importantíssimos para dar confiança ao grupo e consolidar Martín Benítez e Germán Cano (os melhores em campo na humilde opinião deste que escreve) como as referências técnicas de um Vasco que está no caminho certo para ganhar mais consistência e competitividade nesse Brasileirão.

Impossível não começar essa análise aqui no TORCEDORES.COM pelo pênalti perdido por Hyoran aos 14 minutos do primeiro tempo. O Atlético-MG de Jorge Sampaoli não fazia um início de jogo ruim, mas também não conseguia transformar a posse de bola em chances de gol por conta da forte marcação do Vasco na frente da área defendida por Fernando Miguel. Ao mesmo tempo, os comandados de Vanderlei Luxemburgo ainda souberam como aproveitar bem o momento em que o Galo estava com a confiança abalada nos gols de Cano (nascido de falha bisonha de Guilherme Arana) e Yago Pikachu (outro que vem melhorando seu desempenho nas últimas partidas) ainda na primeira etapa. A equipe de São Januário passou por outros sustos (como as duas chances desperdiçadas pelo venezuelano Savarino e um bom chute de Allan), mas manteve a concentração e não deixou o ritmo cair até o intervalo.

O Vasco soube bem aproveitar o abalo na confiança do Atlético-MG após o pênalti perdido por Hyoran e abriu o placar com Cano aproveitando falha de Guilherme Arana. O 4-2-3-1 proposto por Vanderlei Luxemburgo fechava bem os espaços e ainda saía em velocidade para o ataque com bons passes de Martín Benítez.

Do lado do Atlético-MG, ficava cada vez mais claro que a equipe de Jorge Sampaoli dependia demais de Keno para abrir espaços na defesa adversária e tinha nos problemas defensivos de Guilherme Arana um grande problema. Ainda mais diante do fato de que os dois gols do Vasco no primeiro tempo nasceram pelo seu lado. Fora isso, as chances desperdiçadas e a falta de pontaria minavam o ímpeto ofensivo do Galo na partida deste sábado (23). Sampaoli armava sua equipe na já conhecia “inversão da pirâmide” (avanço dos atacantes e meias interiores para uma espécie de 3-2-5 ou um 2-3-5 como foi o caso do jogo contra o Vasco) e tentava ocupar o campo ofensivo, mas esbarrava na atuação ruim de Allan, Jair, Savarino e (principalmente) Eduardo Vargas. Fora todo sistema defensivo atleticano que sofreu demais com toda a movimentação de Benítez, Cano e Yago Pikachu.

Assim como aconteceu nos primeiros 45 minutos, o Vasco se aproveitou de novo abalo na confiança do seu adversário para balançar as redes. Mas desta vez o fez relembrando os grandes momentos do clube e resgatando marcas registradas como o toque de bola e a intensidade nas transições. A jogada começou no campo de defesa, passou por oito jogadores até chegar nos pés de Benítez e este encontrar Cano em belo passe na entrada da área. Golaço com a marca e o faro de gol do camisa 14. Com isso, Jorge Sampaoli sacou Guilherme Arana, Eduardo Vargas e Savarino para as entradas de Nathan, Eduardo Sasha e Marrony respectivamente. A equipe mineira até que conseguiu reagir nos minutos finais, mas não teve a organização e nem a consistência suficiente para vencer um adversário que fez ótima partida e que soube como se segurar na defesa com as mexidas promovidas por Vanderlei Luxemburgo.

Diante do crescimento no volume de jogo do Atlético-MG, Vanderlei Luxemburgo reorganizou o Vasco numa espécie de 5-4-1 bem compactado e que acabou por isolar Cano no ataque. Mesmo assim, o Trem Bala da Colina teve forças para conter o ímpeto ofensivo do seu adversário e saiu de campo com três pontos importantíssimos.

Este colunista havia escrito no dia seguinte à vitória sobre o Botafogo que Vanderlei Luxemburgo havia encontrado o posicionamento de Talles Magno. Na vitória sobre o Atlético-MG neste sábado (23), o treinador vascaíno soube como posicionar sua equipe de modo a explorar as deficiências do Atlético-MG de Jorge Sampaoli. Mesmo que isso significasse prender mais Leo Gil e o já citado camisa 11 na defesa para que Léo Mattos e Yago Pikachu subissem mais ao ataque e explorassem os espaços às costas de Guilherme Arana. Ao mesmo tempo, Benítez tinha liberdade para circular por todo o campo (principalmente no espaço entre volantes e zagueiros atleticanos). No duelo na beira do gramado, Vanderlei Luxemburgo acabou levando a melhor sobre Jorge Sampaoli por saber usar as falhas do seu adversário ao seu favor. Mesmo com a queda no desempenho da sua equipe no final do segundo tempo.

O Vasco tem totais condições de se livrar da zona do rebaixamento e até sonhar com uma vaga na próxima Copa Sul-Americana. Se os bastidores do clube ajudarem e se Benítez e Cano mantiverem o nível das atuações, é bem possível que o Trem Bala da Colina arranque pontos de equipes que brigam na parte de cima da tabela do Brasileirão. Ainda mais com o camisa 14 sendo absurdamente decisivo como vem sendo nessa temporada louca e atípica.

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