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Leicester de Brendan Rodgers prova que é possível ser competitivo sem perder a simplicidade

Na coluna PAPO TÁTICO, Luiz Ferreira analisa a vitória dos Foxes sobre o Chelsea de Frank Lampard nesta terça-feira (19)

Por Luiz Ferreira em 19/01/2021 20:52 - Atualizado há 10 meses

Reprodução / Twitter / Premier League

Na coluna PAPO TÁTICO, Luiz Ferreira analisa a vitória dos Foxes sobre o Chelsea de Frank Lampard nesta terça-feira (19)

O Leicester City se tornou mais conhecido do torcedor brasileiro após a histórica campanha na Premier League de 2015/16, quando a equipe (então comandada pelo italiano Claudio Ranieri) conquistou o título. As temporadas seguintes, no entanto, não foram tão boas e o time da região de East Midlands chegou a flertar com o rebaixamento. Isso até a chegada de Brendan Rodgers em fevereiro de 2019. Os “Foxes” foram encorpando seu jogo, ganhando experiência e usando a experiência de jogadores como Jamie Vardy, Kasper Schmeichel, Marc Albrighton e Jonny Evans para montar uma equipe consistente e muito forte nos contra-ataques. A vitória por 2 a 0 sobre o Chelsea nesta terça-feira (19) foi mais uma prova de que o Leicester City pode novamente sonhar com voos mais altos nessa atípica temporada de 2020/21. É possível ser competitivo sem perder a simplicidade do seu jogo.

É bem verdade que o duelo no Leicester City Stadium foi definido no primeiro tempo, com os Foxes abrindo o placar logo aos seis minutos de jogo com o nigeriano Wilfred Ndidi acertando um belo chute de fora da área. Foi a senha para Brendan Rodgers recuar as linhas da sua equipe e esperar o melhor momento para encaixar os contra-ataques. Do outro lado, o Chelsea tinha a posse da bola, mas mostrava que não sabia muito bem o que fazer com ela. O 4-3-3 escolhido por Frank Lampard não conseguiu das consistência ao escrete londrino e jogadores como Abraham, Hudson-Odoi e Kovacic não estavam num dia lá muito inspirado. A exceção (como sempre) era o norte-americano Christian Pulisic. O problema estava na falta de força coletiva dos Blues e na consistência do jogo realizado pelo Leicester City de Brendan Rodgers durante toda a partida. Principalmente na escolha das estratégias.

O gol de Ndidi logo aos seis minutos de partida facilitou demais a vida do Leicester City. Brendan Rodgers contou com a ótima atuação coletiva da sua equipe (que jogou num 4-1-4-1 que variava para um 4-2-3-1 conforme a movimentação de James Maddison) e a péssima partida do Chelsea de Frank Lampard.

Aos 40 minutos do primeiro tempo, o Leicester City fechou o placar com Maddison recebendo belo passe de Albrighton e tocando na saída de Mendy. Exatamente como Brendan Rodgers previra no início da partida ao recuar as linhas dos Foxes para explorar o lançamentos longos para Jamie Vardy brigar contra Rüdiger e Thiago Silva na frente e esperar a subida de Barnes e dos já citados Maddison e Albrighton. Mais atrás, o belga Tielemans organiza o jogo e também pisa na área para aumentar ainda mais o impressionante volume de jogo de uma equipe que nem era apontada como uma das que brigaria pela vaga na zona de classificação da próxima Liga dos Campeões da UEFA. Pelo menos até esta quarta-feira (20), o Leicester City é o líder da Premier League com 38 pontos. É bem verdade que os rivais têm jogos a menos na tabela, mas o feito dos comandados de Brendan Rodgers é enorme.

O segundo tempo foi uma repetição daquilo que eu e você vimos nos primeiros 45 minutos. O Chelsea tentava se mandar para o ataque de maneira completamente desorganizada e o Leicester City se fechava em duas linhas na frente da área do goleiro Kaspar Schmeichel, controlava bem a partida e explorava muito bem os espaços que surgiam às costas dos laterais Recce James e Chilwell. Nem mesmo as entradas de Timo Werner e Ziyech nos lugar dos apagados Havertz e Hudson-Odoi conseguiu mudar o panorama da partida. Tanto que Brendan Rodgers seguiu sua filosofia e foi dando sangue novo aos Foxes com as entradas de Ricardo Pereira, Ayoze Pérez e Iheanacho. Sem muitos problemas (e com a ótima dupla de zaga formada pelos seguros Fofana e Jonny Evans anulando completamente o ataque dos Blues), o Leicester City foi administrando o jogo até o apito final. Baita vitória dos Foxes.

Brendan Rodgers viu sua equipe controlar bem o jogo no segundo tempo e deu sangue novo ao Leicester com as entradas de Ricardo Pereira, Ayoze Pérez e Iheanacho. Do outro lado, as mexidas de Frank Lampard não conseguiram tirar do Chelsea um mínimo de competitividade e de organização numa das piores atuações da equipe na temporada.

Por mais que seja difícil para o Leicester se manter na liderança da Premier League por muito tempo, a tendência é vermos uma equipe mais e mais competitiva daqui para frente. Ainda mais com Manchester City, Manchester United e Liverpool se dividindo entre o “Inglesão”, a Liga dos Campeões e a Liga Europa. Pode ser a oportunidade perfeita para que Brendan Rodgers mostre seu valor mais uma vez e faça sua equipe jogar com mais folga e mais tranquilidade. A mescla de experiência e juventude e o jogo coletivo bastante consistente e organizado são algumas das marcas registradas dos Foxes. A atuação diante do Chelsea (clube que gastou impressionantes R$ 1,6 bilhão na última janela de transferências) comprova o abismo que existe entre as duas equipes nesse momento. Enquanto Frank Lampard ainda luta para achar o “onze” ideal (e já sofre com as críticas dos torcedores), Brendan Rodgers tem o time na mão.

O futebol do Leicester City é competitivo sem perder a simplicidade e consistente sem parecer “automatizado”. Os Foxes podem até perder a liderança nas próximas rodadas para equipes que fazem parte do “Big Six”, mas já provaram que podem bater de frente com as principais forças da Premier League. E Brendan Rodgers vai provando seu valor mais uma vez no meio de nomes badalados como Mourinho, Guardiola e Klopp.

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