Gilmar Rinaldi não pensava no treinador
O ex-coordendor de seleções da CBF, Gilmar Rinaldi, revelou em entrevista à ESPN que Dunga não era uma opção sua para treinar a Seleção Brasileira após o 7×1 para a Alemanha na Copa do Mundo de 2014.
Logo que foi contratado por José Maria Marín para assumir o cargo, poucos dias após o vexame, o coordenador começou a trabalhar com nomes para a vaga. Na entrevista, Gilmar revelou qual seria a “fila” para assumir a Seleção.
“Fui com uma lista com cinco nomes, mas a minha ideia não era escolher nenhum treinador naquele momento. A gente tinha dois ou três amistosos, então queria pegar um técnico de algum time que iria parar na data FIFA e deixar ele até a gente escolher o melhor treinador”, iniciou o ex-coordenador, que seguiu.
“Com isso tinha cinco nomes: Tite era o primeiro, que era, na época, unanimidade pelo momento, Marcelo Oliveira, Abel Braga, Muricy Ramalho e tal”, disse, sem citar o quinto nome.
“Queria conversar com o escolhido antes de contratar, entender o que ele pensa da Seleção, já que ia receber a Seleção do 7 x 1, com vários problemas, inclusive psicológicos, com traumas.”
Gilmar ainda revelou que tinha a ideia de buscar um treinador de ponta do futebol europeu, mas Marco Polo Del Nero vetou.
“Eu também tinha a ideia de viajar para a Europa e conversar com alguns nomes, que eram os monstros, como Guardiola, Mourinho, se havia a chance de pensar neles para ser o treinador da Seleção Brasileira, mas fui informado pelo Marco Polo que tinha que ser uma escolha com urgência.”
Foi então que, para a surpresa de muitos, a própria presidência da CBF já havia passado por cima do coordenador e havia escolhido o nome para assumir o cargo: Dunga.
“Mas quando estava explicando, o Marín disse: ‘Gilmar, na verdade já temos uma coisa preparada e queria saber se você tem algo contra o Dunga?’. Falei que não, já que o Dunga foi campeão comigo no Internacional, foi medalha de prata nas Olimpíadas, campeão mundial e perguntei o porquê”, revelou o ex-coordenador.
“Ele respondeu que já tinha conversado com ele, que ele seria o técnico e se eu teria algum problema. Disse que faria de tudo para o Dunga dar certo, mas que não era o nome que tinha na minha lista. O primeiro era o Tite por vários motivos, porque aquele era o momento dele.”
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