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Atlético: Ex-vice critica Sampaoli ao revelar episódio no CT: ‘Fiquei muito bravo’

 

Por Eder Bahúte em 01/01/2021 15:19 - Atualizado há 4 anos

Divulgacao/Atlético

 

 

Lásaro Cândido da Cunha, agora ex-vice presidente do Atlético, contou em entrevista ao Globoesporte.com que ficou incomodado com algumas decisões de Jorge Sampaoli e seus auxiliares. Segundo ele, membros da comissão técnica definitiva do clube, como Éder (Aleixo), Lucas Gonçalves e outros foram impedidos de acompanhar os treinos na Cidade do Galo.

– Começou assim. Eu recebi… Não estava vendo mais lá no CT o pessoal da comissão técnica fixa, do Atlético, o assistente técnico, o Éder (Aleixo). Sempre entendi que o clube contrata técnico e eles trazem, normalmente, seus agregados. Faz parte, uns mais, outros menos. É assim mesmo. E o Atlético precisava ter uma equipe permanente. Um assistente, que é o Lucas Gonçalves, e outros auxiliares que contribuem de diversas formas. Quando soube que eles não eram bem quistos, que estavam com acesso vetado nos treinamentos, eu realmente fui atrás e procurei saber. Descobri que era uma orientação da nova comissão técnica. Não teria ninguém da equipe permanente do Atlético acompanhando os treinos, etc… – diz Lásaro.

– Eu procurei saber e fiquei muito bravo com essa situação, pensando que, se o Atlético tem comissão permanente, eles precisam acompanhar tudo, todos os processos. Porque pode acontecer situação de emergência, o técnico pode sair… Eles precisam colher dados do dia a dia, até para a direção avaliar. E mais, é acompanhar o ambiente, tem que prestar acompanhamento, por exemplo, ver um jogador às vezes um pouco fora do grupo, abatido. Precisa acompanhar – completou.

Internamente, Lásaro expressou seu descontentamento com o episódio e, semanas depois Éder e os outros auxiliares retomaram normalmente as atividades em Vespasiano. Com o surto da Covid-19 que atingiu o clube, foram eles os responsáveis em tocar o trabalho de campo.

– A partir do momento que eu coloquei esse obstáculo, algumas semanas depois houve uma mudança em função da minha reclamação. Relatei esse problema e fiquei bravo com isso. Mas senti que a maneira de trabalhar é diferente. O grupo (de empresários/investidores) que decidiu trazer o Sampaoli e fazer as contratações que ele pediu, entendi que eles queriam assim mesmo, que este era o projeto. Como eu não vou participar de campanha eleitoral, estou fechando o meu ciclo, então acho que tem que deixar acontecer, simplesmente. Fazem do jeito que se analisa que é o correto. Mas a minha advertência teve consequência logo a seguir. Algumas semanas depois, teve o problema do Covid-19 e toda a comissão foi contaminada. Ficou sem ninguém e precisou exatamente dos auxiliares permanentes. De lá, para cá, os auxiliares começaram a participar – concluiu Lásaro.

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