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Robinho acreditava em absolvição em 2ª instância, mas defesa não teme prisão no Brasil

Por Matheus Camargo em 11/12/2020 10:04 - Atualizado há 3 anos

Divulgação/Santos

Atacante foi condenado a 9 anos de prisão

A defesa de Robinho e o jogador esperavam uma absolvição da condenação por estupro em 2ª instância na Itália após terem apresentado “provas científicas” à Justiça local, segundo publicou o blog Lei Em Campo, do UOL.

O jogador foi condenado em 1ª instância a 9 anos de prisão por ter participado de um estupro contra uma jovem albanesa em 2011, quando atuava no Milan. Em 2ª instância a pena foi mantida e o jogador ainda terá que pagar uma multa de 60 mil euros (R$ 367 mil).

A alegação da defesa era de que houve relação carnal com Robinho apenas por meio de sexo oral, e que a mulher de 23 anos não estaria embriagada a ponto de não sofrer resistência, o que para a defesa comprovaria uma relação consensual.

A justiça italiana, porém, recebeu novas chamadas telefônicas da promotoria, que comprovariam que Robinho teria conhecimento do estado da albanesa, o que causou a repetição da condenação.

O blog do UOL ainda publicou que os advogados do jogador não acreditam em uma prisão em solo brasileiro. Pela legislação, um brasileiro “não será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei.”

“Mesmo que Robinho seja condenado em definitivo à pena de prisão na Itália, não poderá ser preso em território nacional. Isto porque o Brasil não extradita brasileiros natos e o código penal em seu artigo 9º limita as hipóteses de homologação no Brasil de sentença penal estrangeira apenas para reparação do dano ou aplicação de medida de segurança”, disse a advogada Paula Sion ao Lei Em Campo.

A defesa de Robinho deve voltar a recorrer a uma nova instância na Itália e o processo deve voltar a correr. O contrato do atleta com o Santos segue suspenso.

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