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Vitória do Arsenal sobre o Chelsea foi o grande acontecimento do Boxing Day na Inglaterra

Na coluna PAPO TÁTICO, Luiz Ferreira analisa as atuações dos escretes comandados por Mikel Arteta e Frank Lampard

Por Luiz Ferreira em 26/12/2020 23:51 - Atualizado há 3 anos

Reprodução / Facebook / Premier League

Na coluna PAPO TÁTICO, Luiz Ferreira analisa as atuações dos escretes comandados por Mikel Arteta e Frank Lampard

A última vitória do Arsenal na Premier League 2020/21 antes da partida do simpático Boxing Day de 2020 havia acontecido no dia 1º de novembro, data em que os comandados de Mikel Arteta venceram o Manchester United por 1 a 0 em Old Trafford. Nas sete rodadas seguintes, os Gunners conquistaram apenas dois pontos (dois empates e cinco derrotas). É exatamente por esses e outros motivos (que vamos destrinchar mais adiante) que a partida deste sábado (26) merece tanto destaque. O Arsenal mostrou mais uma vez sua força e sua disposição contra equipes do chamado “Big Six”, passa pelo Chelsea de Frank Lampard sem muitas dificuldades e acaba com um incômodo jejum de quase dois meses sem triunfos no “Inglesão”. E o melhor de tudo: jogando bem e impondo seu estilo de jogo contra um adversário (teoricamente) mais forte. Um verdadeiro presente de Natal atrasado para os torcedores dos Gunners.

O primeiro tempo no Emirates Stadium mostrou um Chelsea que apresentava grandes dificuldades para chegar ao gol de Leno apesar de ter mais posse de bola. Timo Werner, Abraham e Pulisic não conseguiam furar o bem organizado bloqueio defensivo do seu adversário. A impressão que ficou foi a de que os Blues não sabiam o que fazer com a redondinha em determinados momentos. O Arsenal, por sua vez, se fechou na defesa e aproveitou os espaços que foram aparecendo no campo de ataque (principalmente às costas dos laterais Recce James e Bem Chilwell) e foi tomando conta da partida aos poucos. O gol marcado por Lacazette aos 34 minutos do primeiro tempo (em penalidade sofrida por Kieran Tierney) praticamente desmontou o esquema tático do técnico Frank Lampard. E o golaço de falta marcado por Xhaka momentos antes do intervalo só aumentou o estrago. O Chelsea estava entregue e sem perspectiva de melhora.

O Chelsea de Frank Lampard não soube o que fazer com a bola diante de um Arsenal muito mais organizado e ligado na partida. Destaque para as boas descidas de Tierney e Gabriel Martinelli pela esquerda e para o belíssimo gol de falta marcado por Xhaka no finalzinho do primeiro tempo. Os Gunners estiveram muito melhor em campo.

Quem esperava ver um Arsenal mais pragmático e encolhido na sua defesa viu uma equipe que esteve muito mais próxima de marcar o quarto gol do que sofrer o primeiro na volta do intervalo. Tudo por conta do bom posicionamento defensivo dos comandados de Mikel Arteta. Xhaka e Elneny fechavam espaços e também armavam o jogo. Saka foi um tormento constante para Chilwell durante todos os noventa (e poucos) minutos de partida. Lacazette se movimentava bastante no ataque e abria espaços para as entradas dos “pontas” do 4-2-3-1 de Mikel Arteta. E lá atrás, Holding e Pablo Marí (lembra dele, torcedor do Flamengo?) cuidavam de Abraham, Pulisic e Timo Werner (que teve outra atuação para ser esquecida). A maré estava tão boa para os Gunners que Saka fez um golaço no melhor estilo “sem querer, querendo” aos onze minutos da segunda etapa. O atropelamento dentro do Emirates Stadium era grande. E justíssimo.

Frank Lampard ainda tentou dar sangue novo ao Chelsea com as entradas de Hudson-Odoi, o brasileiro naturalizado italiano Jorginho e o jovem alemão Kai Havertz. Os Blues passaram a controlar o jogo, mas não faziam muita coisa além de levantar a bola na área de Leno e abusar dos “chuveirinhos”. Já o Arsenal de Mikel Arteta seguia ameaçando nos contra-ataques e negava espaços com uma boa compactação entre seus setores. Não era raro ver os dez jogadores de linha dentro da área ligados na marcação ao adversário. O gol de Abraham (marcado aos 40 minutos da segunda etapa) e o pênalti de Pablo Marí em Havertz deram a sensação de que o Chelsea poderia reagir e até conquistar um empate impensável até pouco tempo. Só que o goleiro Leno cresceu na hora certa e defendeu o pênalti batido por Jorginho. Definitivamente, o Boxing Day era do Arsenal de Mikel Arteta. Por todo o conjunto da obra.

Mikel Arteta manteve seu 4-2-3-1 básico com as entradas de Pépé e Willock, se fechou na defesa e viu o Chelsea abusar das bolas levantadas para a área, descontar com Abraham e perder uma penalidade com o volante Jorginho. Ainda haveria tempo para Mustafi entrar no lugar de Lacazette e fechar ainda mais os Gunners.

A vitória no Emirates Stadium dá o alívio necessário para Mikel Arteta retomar o bom trabalho que vem fazendo à frente do Arsenal e também serve de referência para as próximas partidas na Premier Legaue. Mesmo com todo o contexto imposto pela pandemia de COVID-19, a queda de rendimento dos Gunners era nítida. Ainda mais depois de sete rodadas de futebol ruim e de resultados piores. Por outro lado, as atuações de Gabriel Martinelli, Xhaka, Elneny, Saka e Bellerín nesse Boxing Day além das ótimas opções no banco de reservas (como Aubameyang, Pépé, Ceballos e Maitland-Niles) deixam a impressão de que esse jejum de vitórias não passou de uma má fase e que o Arsenal finalmente voltará a brigar no topo da tabela. Mikel Arteta sabe que precisa de sim resultados, mas precisa fazer com que sua equipe jogue mais e melhor. Ainda mais quando todas os outros times oscilam demais dentro de campo.

Acabou que a grande notícia desse 26 de dezembro na Premier League foi o reencontro dos Gunners com as vitórias. A proximidade da zona do rebaixamento incomodava bastante e provocava uma certa pressão sobre os ombros de Mikel Arteta. O triunfo sobre o Chelsea (um dos seus maiores rivais) pode finalmente trazer um pouco de paz para um Arsenal que ainda sente muitas saudades dos bons e gloriosos tempos.

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