Protesto de Rony foi feito no mesmo dia que uma partida da Champions League foi suspensa após os jogadores se recusarem a jogar por causa de um ato de racismo
Na semana em que o mundo acompanhou estrelas como Neymar e Mbappé se recusarem a jogar após um adversário ser alvo de ofensa racista em partida válida pela Champions League, maior competição de clubes do mundo, o atacante Rony, do Palmeiras, se manifestou antes da bola rolar contra o Libertad, em jogo válido pela Libertadores, fazendo o gestão em alusão à luta antirracista. A ação, elogiada nas redes sociais, porém, pode render uma multa ao time Alviverde.
Durante o minuto de silêncio em homenagem às vítimas da Covid-19, Rony se ajoelhou e estendeu o braço direito com punho cerrado. De acordo com o regulamento da Libertadores, a “exibição de mensagens políticas, religiosas, comerciais e pessoais” por clubes ou jogadores é proíbida pela entidade sul-americana. A informação foi divulgada inicialmente pelo UOL Esporte.
O artigo 67 do regulamento da Libertadores fala diz que “a exibição de mensagens políticas, religiosas, comerciais, pessoais ou slogans em qualquer idioma ou forma por jogador ou oficial no uniforme, camiseta sob o uniforme, equipamento (bolsas, garrafas, squeezes, coolers, bolsas médicas etc.) e inclusive no corpo é proibida durante o jogo ou em qualquer atividade relativa ao jogo (aquecimento, reconhecimento do campo, coletiva de imprensa, entrevista na zona mista, flash interview etc.)”
Se a Conmebol entender que a manifestação de Rony se encaixa nesse artigo do regulamento, o Palmeiras pode receber uma multa de, no mínimo, US$ 5 mil (aproximadamente R$ 25 mil, na atual cotação).
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