Medeiros diz que Série B não foi pior fase da gestão, ainda estranha saída de Coudet e cita legado que deixa no Inter
Presidente colorado Marcelo Medeiros fez um balanço da gestão no Inter em entrevista à Rádio Bandeirantes
Presidente colorado Marcelo Medeiros fez um balanço da gestão no Inter em entrevista à Rádio Bandeirantes
Prestes a passar o bastão ao seu ex-vice de futebol Alessandro Barcellos, o presidente colorado Marcelo Medeiros concedeu entrevista na tarde desta última quinta-feira à Rádio Bandeirantes e fez um balanço dos seus quatro anos de cargo – ele faz ainda dois jogos oficiais no posto, sendo o primeiro sábado em casa contra o Palmeiras e depois, dia 27, fora, contra o Bahia. Acompanhe as principais aspas de Medeiros:
Assumir na Série B
“A coisa começa em 2016. Tem a tragédia da Chapecoense e a gente não pode esquecer desse episódio, que vitimou jornalistas, atletas, profissionais. O Brasileirão parou. E a eleição foi no dia 10, quando fui eleito com 94% dos votos. Havia rejeição ao candidato que eu estava enfrentando. E o Inter caiu no domingo, no dia 11, contra o Fluminense. Encontramos um cenário desconhecido da Série B, com o agravante daquela ação do Victor Ramos, do Vitória, que criou no imaginário da torcida do Inter a possibilidade de permanecer na primeira divisão”
Pior momento é em 2020
“Esses dias me perguntaram em uma dessas reuniões internas nossas sobre qual seria o nosso momento mais difícil. Muitos disseram 2017. Mas não. Com certeza o pior momento é 2020. Com uma pandemia. Está morrendo muita gente. E nós precisávamos e precisamos sair todos os dias de casa para seguir tocando o clube”
A saída de Eduardo Coudet
“Coudet nos avisou e disse que não tinha mais condições de treinar. Não nos comunicou naquele domingo de noite do interesse do Celta. Foi uma decisão surpreendente no dia seguinte. Tanto que nem os auxiliares dele sabiam desse movimento. Não tenho mágoa nenhuma. É do jogo. Quando fizemos o projeto Coudet, era projeto de longo prazo. Dois anos de contrato. É vala comum quando as coisas não dão certo tu apontar o dedo e escolher um culpado. Fizemos um contrato para um ano que eu já não seria o presidente. Era um projeto do clube. A decisão dele é do jogo e tem cláusula. Mas o que houve? Tomou a decisão depois do empate contra o Coritiba e logo na quarta tínhamos o América-MG pela Copa do Brasil”
Contratação de Abel Braga
“Eu não poderia, até por questão moral, contratar um treinador em novembro por mais de um ano. Precisava de alguém para terminar as competições. E o Abel dispensa qualquer apresentação. Aceitou. Pela relação que temos, pela relação com o Inter, aceitou imediatamente. Óbvio que a pior coisa para um dirigente é ter que trocar treinador no meio de competição. Independente de quem tome a iniciativa”
Reflexão após jogo contra o Boca na Bombonera
“Houve uma queda de desempenho. O Inter perdeu o Patrick com 10 minutos contra o América-MG. A primeira vez que tivemos Abel, Moledo, Cuesta, Edenilson e Patrick juntos foi contra o Boca, no melhor jogo do Internacional. A gente fica incomodado por não ter dado um título pro torcedor. Queria uma faixa no peito e vou sair sem isso. Quando terminou a partida com o Boca eu fiquei parado olhando e pensando que o nosso primeiro jogo foi com o Londrina, pela Série B, na estreia e fizemos 3×0. E o último jogo internacional foi a vitória contra o Boca na Bombonera. Não pode estar tudo errado”
Legado é a recuperação da base
“E um legado é a recuperação das categorias de base. Na seleção sub-20, temos Yuri Alberto, Praxedes, Maurício, Peglow e o Pedro Henrique. Temos ainda Keiller, Heitor, Mazetti, Jhonny, entre outros. Garanto que muita gente que fala da base nunca foi até o CT de Alvorada, não sabe quantos campos tempos, não sabe como trabalhos. É um título de base, eu sei, mas ganhamos a Copa São Paulo em 2020. Somos o 2° maior vencedor do torneio. O Inter tem futuro e tem jogadores para o futuro”
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