Com previsão de estádio cheio em abril e renda de R$ 100 mi, oposição rebate no Flamengo
Com orçamento divulgado nesta semana prevendo cerca de R$ 1 bilhão, o Flamengo projeta a volta do público aos estádios em abril
Apesar da pandemia do coronavírus, o Flamengo projeta que em abril já será possível ter casa cheia. Sendo assim, o clube projeta uma receita de R$ 170 milhões. Esse valor é separado em R$ 100 milhões sendo de bilheteria e o restante com o sócio torcedor.
Entretanto, os valores são questionados pela oposição por considera-los muito otimistas. O novo orçamento foi aprovado pelo Conselho de Administração do clube que prevê uma arrecadação total de R$ 930 milhões, se aproximando dos valores de 2019.
Dessa forma, para atingir essa receita o Flamengo estipulou que as receitas do Maracanã serão similares a de 2019. A teoria da rubro-negra é que até o mês de abril já deva haver uma campanha forte de vacinação ou um controle maior da pandemia. Sendo assim possível o retorno ao estádio com a capacidade completa para o começo do próximo Brasileirão.
Todavia, na reunião do conselho, o grupo SoFla que é composto por membros apoiadores do ex-presidente Bandeira de Mello questionaram as premissas do orçamento. Para eles, não há um cenário de pandemia do coranavírus que possa vislumbrar retorno de estádios cheios já neste período. Além disso, colocam em dúvida o valor de R$ 70 milhões relacionado ao sócio torcedor, visto que é um número de 2020 que foi projetado por meio de títulos.
Em defesa, a diretoria do Flamengo argumento que basta um ajuste posterior se não for possível receber público em abril. O clube carioca estima receber público no final de 2020, o que não ocorreu.
Ademais, a diretoria do clube prevê chegar novamente às semifinais de Copa do Brasil e Libertadores, os mesmo objetivos de 2020 que não foram alcançados. Neste caso, o Flamengo coloca essas metas para deixar claro ao mercado e aos jogadores o patamar do clube. Com isso, não houve discordância da oposição.
Outros pontos
Outro ponto de grande destaque do plano flamenguista é o planejamento de R$ 150 milhões em vendas de atletas e um aumento de 40% em patrocínios. O Flamengo estima receber esses valores com base nos recebimentos de Paquetá e Reinier, que foram até maiores. Novamente, a oposição questiona os valores e os considera otimista demais.
Quando se trata das despesas, o clube carioca não observa uma redução significativa. Entretanto, só há um investimento previsto que é a contratação do atacante Pedro. Por outro lado, a diretoria não descarta novos ajustes para o futuro com a inclusão de novas contratações se houver a possibilidade financeira.
Vale destacar a situação do volante Thiago Maia, que está emprestado e deseja permanecer em definitivo no clube.
Apesar da pandemia, a situação financeira do clube é estável. Se não atingir as metas, terá que fazer ajustes, alongar dívidas e vender jogadores. Mas no curto prazo não a nada que inviabilize o clube.
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