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A comissão de arbitragem da CBF entende que o árbitro Flávio Rodrigues agiu de forma correta nos dois casos, seguindo orientações e as “Regras do Jogo”
A vitória de virada do Flamengo sobre o Bahia no último domingo (20), em jogo válido pela rodada do Campeonato Brasileiro, terminou com a polêmica expulsão de Gabigol aos noves minutos do primeiro tempo e a denúncia de Gerson, após o apito final, acusando um atleta do time baiano de injúria racial. Segundo o blog do jornalista Rodrigo Mattos, a CBF considera que o árbitro Flávio Rodrigues agiu de forma correta e ideal nos dois casos, seguindo orientações e a regra do jogo.
No caso da expulsão de Gabigol, a comissão de arbitragem da CBF entende que a situação está prevista no capítulo 12 das “Regras do Jogo”, isso porque na parte disciplinar, são descritas as condutas passíveis de expulsão: “usar linguagem ou gestos ofensivos, de insultos ou abusivos”.
Na súmula do jogo, o árbitro justificou a expulsão do atacante afirmando que ele foi “expulso por dirigir-se a mim de maneira ofensiva e ostensiva após a disputa de uma jogada, dizendo as seguintes palavras: ” vai tomar no seu cu”. após a expulsão o jogador retardou a sua saída do campo de jogo, contestando a decisão da arbitragem”. Essa descrição é o que enquadra Gabigol no capítulo 12 das “Regras do Jogo”.
Durante o intervalo da partida, o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, revelou ter enviado um ofício para a CBF alertado para um risco desnecessário a escalação de um árbitro paulista para apitar a partida, levando em consideração que o time Rubro-Negro disputa o título do Brasileirão com o São Paulo. “A gente já imaginava o que poderia acontecer. Isso fala muito de por que o futebol brasileiro está nesse estado. Atenta contra a credibilidade da arbitragem”, afirmou o mandatário em entrevista à FlaTV.
Já no caso envolvendo a denúncia feita por Gerson após a partida, a orientação é para expulsar casos em que o árbitro presencie o insulto. Caso isso não ocorra, como foi aconteceu no lance do meio-campista do Flamengo, o árbitro deve relatar o incidente na súmula – como Flávio Rodrigues fez.
O árbitro escreveu que: “aos 7 minutos do segundo tempo houve um conflito entre os jogadores sr. Gerson Santos da Silva, de numero 8 da equipe do Flamengo e do atleta da equipe do Bahia de numero 15 sr. Juan Pablo Ramirez Velasquez, onde o jogador do Flamengo alega ter sido chamado de “negro” por seu adversário mencionado. Informo que este suposto ato não foi percebido por nenhum membro da equipe de arbitragem no campo de jogo.”
Vale ressaltar que, após a denúncia de Gerson, a CBF se manifestou solicitando à Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) a abertura imediata de uma investigação sobre a denúncia.
O vice-presidente de futebol do Flamengo, Marcos Braz, cobrou apuração sobre o episódio. “A gente está feliz com o resultado esportivo, mas muito infeliz por um fato relatado pelo Gerson, em que ele sofreu, a gente tem até dificuldade de falar, ele sofreu uma ação de racismo, relatou para a imprensa, e o Flamengo como instituição centenária vem se colocar à disposição e ao lado do atleta e, mais que isso, pede a profunda apuração desse episódio, que é infeliz mas contundente no mundo de hoje”, disse em pronunciamento feita na FlaTV.
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