Empresa foi envolvida em caso de corrupção e perdeu contrato na Justiça
A CBF usou o envolvimento da empresa Full Play para evitar de pagar um valor milionário à empresa por um acordo assinado por Ricardo Teixeira antes da Copa do Mundo de 2014, segundo publicou o blog do Rodrigo Mattos.
O acordo em questão foi pelos direitos de transmissão dos jogos da Seleção Brasileira pós-Copa de 2014. A Full Play havia pago um adiantamento de cerca de 400 mil dólares, mas os três presidentes seguintes, José Maria Marin, Marco Polo del Neto e Rogério Caboclo, ignoraram completamente e negociaram os direitos diretamente com a TV Globo, sem intermediários.
A Full Play, porém, foi à Justiça recentemente para pedir uma parte do acordo feito com a Globo, exigindo uma porcentagem de tudo o que a CBF receberia pelos direitos de TV, já que o contrato estava assinado. A entidade brasilera, porém, usou como defesa um grave problema da empresa: os casos de corrupção na FIFA. A Full Play é uma das principais empresas acusadas de se aliarem à FIFA nos desvios que geraram o maior escândalo institucional do futebol.
Sócios-proprietários da empresa, Hugo e Mariano Jinkins foram acusados de pagarem propina para comprarem direitos de TV de torneios da América do Sul. Há indícios de que o próprio acordo pré-Copa de 2014 teria sido feito por meio de propina, mas o processo segue correndo.
Em 1 ª instância, a Justiça do Rio de Janeiro acatou a justificativa da defesa da CBF e deu ganho de causa à entidade brasileira. Além disso, a CBF ainda disse que a Full Play jamais atuou como agente intermediadora dos contratos de TV, que era para o que havia assinado com Ricardo Teixeira. A entidade ainda pede indenização por danos causados pela Full Play.