Ato racista do romeno fez com que partida fosse suspensa
O árbitro Sebastian Coltescu teve na última terça-feira (8) um protagonismo no mundo do futebol que nunca havia chegado próximo de ter ao cometer um ato racista contra Pierre Webó, auxiliar técnico do Istanbul Basaksehir, que enfrentava o PSG, pela Champions League. Foi o maior ato midiático do árbitro em quase duas décadas.
Atuando como quarto árbitro na partida, Coltescu teria dito para “retirar aquele negro dali”, em referência a Webó, ex-jogador camaronês. Com isso, o desconhecido árbitro romeno se tornou uma das pessoas mais conhecidas do futebol na última terça e provocou uma revolução dos atletas, que deixaram o gramado em protesto. A partida foi remarcada para esta quarta (9).
Mas quem é Sebastian Coltescu e o que ele fez no futebol até hoje?
A realidade é que o romeno é inexpressivo no mundo do futebol europeu e mundial, mesmo carregando o distintivo da FIFA há praticamente 14 anos, segundo o WorldReferee, especializado em arbitragem. O site conta com registros do romeno, que pegou a licença FIFA em 2006 e foi suspenso em 2007 após uma série de erros, sendo rebaixado para arbitrar na segunda divisão de seu país.

Coltescu em partida do Campeonato Romeno (Reprodução/Twitter)
Coltescu tem atuado como árbitro principal apenas em jogos menores ou do Campeonato Romeno, sendo levado aos jogos da Champions League apenas como 4º árbitro – justamente como em PSG x Istanbul Basaksehir. Atuou assim em partidas do Liverpool, do Real Madrid e da Juventus.
Para se ter ideia da inexpressividade de Coltescu, seu último jogo fora da Romênia foi em 2019, nas fases preliminar da Liga Europa, entre Siroki Brijeg, da Bósnia, e Kairat, do Cazaquistão. Na atual temporada, apitou apenas sete jogos como árbitro principal em seu país.
A UEFA emitiu nota e prometeu uma “investigação profunda”. A Federação Romena repudiou “qualquer ato racista ou xenófobo”, mas disse que aguardará a posição da UEFA para tomar qualquer decisão sobre Coltescu.
Leia mais:
Comentarista do SporTV admite vontade de deixar cargo para dirigir clube