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Eleição, redimensionamento, Diniz e relações entre diretoria e organizada: jornalistas dissecam São Paulo após acerto de Ceni com Flamengo

No canal mantido pelos jornalistas Arnaldo Ribeiro e Eduardo Tironi no Youtube, eleição no São Paulo, técnico pós-Diniz e revelação foram ditas e citadas

Por Willian Ferreira em 10/11/2020 23:11 - Atualizado há 4 anos

Youtube/Divulgação

No canal mantido pelos jornalistas Arnaldo Ribeiro e Eduardo Tironi no Youtube, eleição no São Paulo, técnico pós-Diniz e revelação foram ditas e citadas

Novo técnico do Flamengo, Rogério Ceni é muito identificado com o São Paulo. A chegada do M1TO, como é carinhosamente chamado pela torcida tricolor, ao clube rubro-negro deixou a torcida são-paulina surpresa. Em live no canal Arnaldo e Tironi, mantido pelos jornalistas Arnaldo Ribeiro e Eduardo Tironi no Youtube, na última segunda-feira (09), eles falaram sobre pontos que permeiam a relação entre o novo treinador do time carioca e a instituição paulista.

Eleição

O ano de 2020 é eleitoral no São Paulo. O pleito, que acontecerá no fim do ano, colocará frente a frente Julio Casares, antigo diretor de marketing do clube, e Roberto Natel, atual vice-presidente. Ambos são rompidos com Carlos Augusto de Barros e Silva, popularmente conhecido como Leco, atual presidente do clube. Mas, de acordo com Arnaldo Ribeiro, ambos já deixam a deseja. “Quem vem por aí já começa mal. Natel e Casares já começam mal, já erraram antes da eleição”, afirmou.

Eduardo Tironi concordou. “O são-paulino cansou de falta de atitude de dirigente. Essa diretoria que tá aí foi marcada justamente por isso. O Leco vai ficar na história como o pior presidente da história. Vai ser lembrado como o cara que chutou o Rogério Ceni e que impediu que o Rogério Ceni voltasse”, disse ele analisando a eleição do São Paulo.

Em outro momento, Arnaldo relembrou um encontro entre Rogério Ceni e candidatos na eleição. “Não foi um não oficial, mas o Rogério tinha um convite para dirigir o São Paulo a partir de março do ano que vem. Teve um pré-acordo, só que foi frágil. Quem chegou mais forte, levou. O acordo não foi costurado como eu imaginei que poderia ser”, afirmou.

Mas, de acordo com Arnaldo, os candidatos não acharam o acerto um desastre. “Tem um aspecto importante que permeia os pontos. Toda a cartolagem do São Paulo, de alguma forma, teme o Rogério. E isso inclui os candidatos a presidente, por ter que dar muito para ele, por dar a chave do cofre. Isso passa, também, pela sondagem tímida a ele. Dar plenos poderes para o técnico não era uma opção tão simples – e só assim seria. Porque o pessoal no atual SPFC é vaidoso e pouca gente sabe compor. Ele não seria só o técnico, ele seria o dono da porra toda”, destacou.

Redimensionamento do São Paulo

Para Eduardo Tironi, a contratação de Ceni pelos cariocas mostra um novo tamanho do SPFC no cenário nacional. “O Flamengo pegar um técnico que estava alinhavado com o São Paulo é muito simbólico do que é o SPFC hoje. Isso, talvez, nunca tenha acontecido, do Tricolor se colocar numa posição menor do que outro grande do futebol brasileiro. Muito pelo contrário: sempre se colocou como o maior. Era o mais rico, o que tinha estádio, o que foi três vezes campeão da Libertadores, o tricampeão brasileiro. O São Paulo foi isso um dia. Hoje, se o Flamengo chegar e falar que vai contratar um técnico que seria do SPFC, isso indica onde o clube está encalacrado”, destacou.

Aproximação entre diretoria e torcida organizada

Em determinado momento, Arnaldo Ribeiro fez uma revelação. De acordo com o jornalista, a atitude da Independente, maior torcida organizada do São Paulo, de tirar as faixas de Rogério Ceni no São Paulo x Fortaleza da Copa do Brasil 2020, foi uma construção entre o executivo de futebol e a instituição que acompanha o SPFC “Foi ideia do Raí de propor à Independente que, no jogo da Copa do Brasil contra o Fortaleza, tirasse as faixas. Foi ideia da direção do São Paulo. Eles acharam que, no confronto anterior, na primeira partida do Brasileirão, com o Morumbi decorado de Rogério Ceni, em um confronto mata-mata, acharam que não caberia. E não caberia mesmo. A Independente deu total razão”, explanou.

Quem será o próximo?

Por fim, Eduardo Tironi projetou as dificuldades do futuro técnico são-paulino. “Incrivelmente, é muito difícil substituir o Diniz. O trabalho dele não é excelente mas não é terrível, não tem nomes, tem um trabalho aí, o cara que chegar vai ser comparado com ele”, finalizou.

“Tem um aspecto importante que permeia os pontos. Toda a cartolagem do São Paulo, de alguma forma, teme o Rogério. E isso inclui os candidatos a presidente, por ter que dar muito para ele, por dar a chave do cofre. Isso passa, também, pela sondagem tímida a ele. Dar plenos poderes para o técnico não era uma opção tão simples – e só assim seria. Porque o pessoal no atual SPFC é vaidoso e pouca gente sabe compor. Ele não seria só o técnico, ele seria o dono da porra toda”

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