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Grêmio confirma boa fase, consolida a estratégia de Renato Gaúcho e se garante nas semifinais da Copa do Brasil

Na coluna PAPO TÁTICO, Luiz Ferreira analisa a vitória do Tricolor Gaúcho sobre o Cuiabá

Por Luiz Ferreira em 18/11/2020 22:09 - Atualizado há 3 anos

Lucas Uebel / Grêmio FBPA

Na coluna PAPO TÁTICO, Luiz Ferreira analisa a vitória do Tricolor Gaúcho sobre o Cuiabá

A última derrota do Grêmio na temporada aconteceu no dia 26 de setembro, quando os comandados de Renato Gaúcho foram superados pelo Atlético-MG de Jorge Sampaoli fora de casa. Desse até esta quarta-feira (18), o Tricolor Gaúcho completou seu décimo quinto jogo sem derrotas (12 vitórias e três empates). Números muito bons para uma equipe que correu o risco de nem se classificar para as oitavas de final da Libertadores e frequentou a zona do rebaixamento do Brasileirão. E a vitória por 2 a 0 sobre o Cuiabá apenas consolidou a estratégia utilizada por Renato Gaúcho nos últimos jogos: muita força na defesa, alta velocidade nos contra-ataques (com um iluminado Pepê servindo o sempre decisivo Diego Souza) e muita intensidade nas transições. O Grêmio mostra (mais uma vez) que merece muito respeito. Ainda mais quando sua tradição copeira é colocada em xeque.

É bem verdade que a vantagem obtida no jogo de ida na semana passada deixou o time do Grêmio numa situação bastante confortável jogando nos seus domínios. Do outro lado, o técnico Allan Aal mantinha o 4-2-3-1 costumeiro de Marcelo Chamusca no time do Cuiabá para tentar bloquear as saídas do seu adversário e buscar o momento certo para atacar. O grande problema é que o Tricolor Gaucho mostrou a força do 4-3-3 de Renato Gaúcho logo aos nove minutos da primeira etapa em bela cabeçada de Diego Souza após cruzamento de Pepê do lado esquerdo. Aliás, o camisa 25 e Éverton Cardoso faziam bom jogo pelos lados do campo atuando com os “pés trocados” e abrindo o corredor para as subidas de Victor Ferraz e Diogo Barbosa para o ataque. Com tanto volume de jogo, a missão do Cuiabá foi ficando mais e mais complicada conforme o tempo ia passando em Porto Alegre.

O Grêmio esperou o Cuiabá no seu campo e partia em alta velocidade na direção do gol de João Carlos armado num 4-3-3 de extrema movimentação na intermediária ofensiva. Destaque para as boas atuações de Pepê, Jean Pyerre e Éverton Cardoso abrindo espaços para Diego Souza decidir lá na frente.

Vale destacar que o Grêmio ainda teve dois gols anulados nos primeiros 45 minutos (com Diego Souza e David Braz), mas seguia controlando bem o jogo nos seus domínios e explorando as sérias dificuldades que o Cuiabá tinha na hora de atacar. E isso sem mencionar que as coisas ficaram ainda mais complicada para o Dourado quando Willians Santana (lesionado) deixou a partida para a entrada de Perdigão. Maxwell foi jogar como referência no ataque, mas pouco acrescentou na produção ofensiva da sua equipe. Aos 41 minutos, Pepê deixou Diego Souza em boas condições e o camisa 29 chutou forte para marcar o segundo dele e do Grêmio. E ainda teve tempo para Éverton Cardoso perder chance incrível em rebote do goleiro João Carlos. Mesmo com a ampla vantagem no placar, o Grêmio seguia mandando na partida sem ser muito incomodado pelo seu adversário dentro da sua arena.

É bem verdade que o técnico Allan Aal fez o que estava ao seu alcance para fazer com que o Cuiabá levasse mais perigo ao gol de Vanderlei após o intervalo. Mas o que se viu nos 45 minutos finais nada mais foi do que a consolidação da superioridade do Grêmio. Renato Gaúcho deu sangue novo ao seu time sacando jogadores importantes Diego Souza, Éverton Cardoso e Matheus Henrique e dando minutos a jovens como Isaque e Ferreira. Não é exagero dizer que o Tricolor Gaúcho poderia ter goleado o Cuiabá sem muitas dificuldades, mas todo o sistema ofensivo da equipe de Porto Alegre pecou demais pelo preciosismo e desperdiçou chances incríveis de aumentar a vantagem. Nada, no entanto, que diminuísse a atuação segura dos comandados de Renato Gaúcho em mais uma tarde de alegria na Arena do Grêmio. Classificação e resultado justíssimo na Copa do Brasil.

Renato Gaúcho mudou peças, mas manteve a formação e a postura do Grêmio nos 45 minutos finais diante de um Cuiabá que ameaçou pouco o gol de Vanderlei. Mesmo assim, o setor ofensivo falhou demais nas conclusões a gol e desperdiçou boas oportunidades de aumentar o placar em Porto Alegre.

A superioridade do Grêmio na partida fica ainda mais clara quando analisamos os números do SofaScore: os comandados de Renato Gaúcho tiveram 62% de posse de bola, finalizaram 17 vezes com nove chutes indo na direção do gol defendido por João Carlos. Fora isso, foram 624 passes trocados contra apenas 374 do Cuiabá. Tudo isso mantendo o estilo mais vertical e mais intenso de rápida trocas de bola e muita objetividade na hora de atacar. Ainda mais com um Pepê cada vez mais envolvente partindo em diagonal do lado esquerdo para dentro e com um Diego Souza usando a sua experiência de 35 anos de idade para ser ainda mais decisivo na frente. É um Grêmio um pouco diferente daquele que foi campeão da Copa do Brasil em 2016 (com o próprio Renato Gaúcho), mas nem por isso deixa de ser uma equipe que impõe (e merece) muito respeito por parte de todos seus oponentes.

Se o Tricolor Gaúcho vai chegar longe novamente, isso só o tempo irá dizer. O que é certo é a mudança no espírito dos jogadores e na maneira como o escrete comandado por Renato Gaúcho vem se adaptando às necessidades de cada partida. A fase do Grêmio é excelente e só consolida (mais uma vez) o bom trabalho do seu irreverente treinador à frente de uma das equipes mais fortes do país.

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