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Acusado de homicídio culposo, médico de Maradona se defende: “Fiz o melhor que pude”

Morte de Maradona pode gerar processo contra o profissional

Por Bruno Romão em 29/11/2020 14:29 - Atualizado há 4 anos

Reprodução/Instagram

Morte de Maradona pode gerar processo contra o profissional

Em entrevista coletiva, Leopoldo Luque deu sua versão sobre os acontecimentos que levaram a morte de Maradona. Dessa forma, o médico particular do craque rechaçou qualquer possibilidade de negligência com o ídolo argentino. Mesmo assim, admitiu que ocorreram atritos com o ex-jogador, mas a relação entre os dois era positiva, já que o profissional era considerado de total confiança.

“Estou à disposição da Justiça. Tenho a certeza absoluta que fiz o melhor com o Diego, o melhor que pude… Quanto às coisas que são ditas a verdade que eu nem consigo ler, estou muito mal porque meu amigo morreu. Diego odiava médico, odiava psicólogo, era diferente comigo porque eu era genuíno. O Diego muitas vezes me expulsou de casa, aí ele me ligava. Minha relação com o Diego era de pai rebelde com um filho. Essa era a minha relação com o Diego. Se eu não estivesse lá, Diego não tirava um dente”, declarou.

“Ele queria uma vida que não era boa. Eu tentei acompanhá-lo. Ele sentia muita falta dos pais. A certa altura ele me disse: ‘Luque, é isso, até onde você quer ir?’. Isso é muito injusto porque minha esposa e meus amigos viram o que eu passei com ele. Diego estava muito triste há um tempo. Ele estava se punindo de uma forma que eu não permitiria, mas como amigo, não como médico ou juiz“, completou.

NEGLIGÊNCIA MÉDICA

Além disso, o médico negou que o atendimento de Maradona tenha apresentado qualquer tipo de equívoco. Diante disso, ele explicou o motivo pelo qual o processo de internação, após o procedimento de cirurgia no cérebro ter sido realizado, não teve um período maior.

“Não houve erro médico de ninguém. O Diego teve um infarto, num paciente com as suas características é a coisa mais comum no mundo morrer assim. Tudo foi feito todo o possível para diminuir a chance desse evento. A clínica agiu perfeitamente. Nós o operamos, ele estava em condições de alta, a gente segurou mais um pouco, me apoiaram, mas me falaram: ‘Isso não é um centro de reabilitação, é um centro de patologia aguda.’. Prolonguei a hospitalização o máximo que pude. E o que todos nós conseguimos juntos foi tentar persuadir Diego a colocar pessoas nele”, explicou.

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