Joel Santana ainda lamentou não ter tido oportunidade na seleção brasileira e criticou a busca dos clubes brasileiros por treinadores estrangeiros
Com passagens pelos quatro grandes clubes do Rio de Janeiro, com direito a muitos títulos e histórias para contar, Joel Santana admite que hoje se arrepende de ter trocado o Flamengo pela África do Sul, em 2009, quando assumiu o comando da seleção do país sede da Copa do Mundo de 2010 na expectativa de disputar seu primeiro mundial – o que acabou não acontecendo porque foi demitido antes,
“Momentos que me marcaram, que se eu soubesse, não iria. Eu saí do Flamengo para ir para a África do Sul porque eu esperava ir à Copa do Mundo e não fui. Existe um arrependimento. Eu deixei de ganhar uma Libertadores com o Flamengo”, disse Joel Santana em entrevista ao programa ‘Os Canalhas’.
O treinador também lamentou o fato de nunca ter tido a oportunidade de trabalhar na seleção brasileira. “Consegui chegar onde eu queria chegar, eu só sinto não ter servido mais às cores do meu país, porque eu acho que tinha condição pela história que eu fiz dentro e fora do país. Não queria ser treinador, não, um auxiliar técnico, um olheiro, queria ajudar.”
“Eu quero ajudar para ver essa nação brasileira ser campeã, quer dizer, botar o uniforme. Botei o da África do Sul, que é parecido, mas não é o meu. Parecido mas não é, mas faz parte da vida e a vida você tem que saber conviver com as duas situações”, completou.
TÉCNICOS ESTRANGEIROS NO BRASIL:
Durante a entrevista, Joel Santana criticou a ‘moda’ de técnicos estrangeiros no Brasil, que ficou mais forte após o sucesso de Jorge Sampaoli no Santos e Jorge Jesus no Flamengo, em 2019.
“Eu acho que está havendo uma mesmice. Eu acho que virou uma doença agora você trazer, não sou contra, não, pelo amor de Deus, trazer técnico de outro país. Que venha, mas não venha dizer que nós treinadores, não estou falando eu, não, estou falando dos grandes treinadores brasileiros, que nós não somos nada”, avaliou Joel Santana.
“Enquanto a gente vivia do nosso jeito, comendo feijão com arroz, ovo, bife e essas coisas todas, nós chegamos a cinco campeonatos mundiais, que não eram para ser cinco, eram para ser, no mínimo, oito. Então nós tínhamos nossa maneira de ser, nós tínhamos nossa maneira de lidar”, acrescentou.
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