Responsável pela equipe de aspirantes trabalha no Corinthians desde 1996
O diretor da equipe sub-23 do Corinthians, Jacinto Antonio Ribeiro, conhecido como Jaça, defendeu o clube após torcedores cobrarem transparência nas contratações de jogadores para o time sub-23, que tem abrigado até mesmo atletas que estouram o limite da idade.
Jaça está no Corinthians desde 1996 e é conselheiro vitalício do clube, sendo um dos responsáveis por tomar conta da equipe sub-23 como diretor do departamento de formação de atletas.
Em entrevista publicada pela Gazeta Esportiva, o conselheiro explicou o projeto de aspirantes do clube e saiu em defesa após vários torcedores levantarem a #QueremosTransparência nas redes sociais.
“Eu tenho minha consciência muito tranquila, estou no clube desde 1966, tenho cinco mandatos como Conselheiro, sou vitalício desde 2013, tenho meus negócios particulares e não vou entrar nessa de política. Faço apenas meu trabalho”, disse Jaça.
Os torcedores do Corinthians têm perdido a paciência a cada novo jogador contratado para o elenco sub-23. Isso porque o plantel está inchado e conta com 31 atletas, que pouco disputam partidas e seguem vinculados ao alvinegro.
“Até o início do ano passado, não tínhamos o sub-23. O Roberto (de Andrade, ex-presidente) disse que a CBF obrigaria os clubes a ter, e o Andrés me deu essa missão. Faltavam dois meses para o campeonato começar e nós não tínhamos time nenhum, não tínhamos técnico… Tivemos que montar o time e fomos atrás de indicações e observações”, seguiu o conselheiro e diretor do Corinthians.
Mas a principal revelação da entrevista foi sobre os salários do elenco sub-23 o Corinthians. Para Jaça, os números são baixos para a realidade do clube, mas batem quase R$ 200 mil por mês.
“Até hoje, nós nunca contratamos. Contratação que eu entendo é ir lá e pagar pelo jogador. Todos vieram e o Corinthians nunca gastou 1 centavo. O Hugo Borges é o que ganha mais, isso porque ele estava no profissional do Vasco já. Indicaram, veio, ficou três, quatro semanas sendo observado e ficamos com ele. O Vasco ficou com 40% e deu 60% dos direitos dele. Ele ganha R$ 20 mil, o mesmo salário que ele ganhava no Vasco. Mas, a média é de R$ 3 mil, R$ 4 mil, tem um ou outro que ganha R$ 7 mil ou R$ 8 mil. Outra exceção é o rapaz que veio do Flamengo, o Gabriel Silva, também foi profissional lá e ganha R$ 12 mil.”
O diretor, porém, defende o projeto. Segundo ele, três jogadores que estão no time principal estiveram no sub-23 e se destacaram: foram eles o zagueiro Raul Gustavo, o volante Xavier e o meia Roni.
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