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Chris Paul: o caminho, o presente, e o futuro

Cobiçado, o armador veterano deve ser um dos principais assuntos durante a free agency da NBA

Cainã Lima
Colaborador do Torcedores

Cobiçado, o armador veterano deve ser um dos principais assuntos durante a free agency da NBA

Em agosto de 2019, o Houston Rockets dava cabo do relacionamento iniciado em 2017 com Chris Paul.  4 anos de contrato e o salário anual de em média $39,932,648 (totalizando $159,730,592), certamente, são números que não empolgaram o fã. Mas isto não impediu a concretização da renovação.

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O começo do fim

Em 2019, o breve relacionamento de duas temporadas entre Chris Paul e Rockets acumulou rumores de mal estar e decepções. Paul ainda perdeu 48 jogos por lesão. Houston foi eliminado para o Warriors na segunda rodada dos playoffs de 2018-19. Anteriormente, estiveram a apenas um jogo de ganhar o título na temporada 18-19. O Rockets possuía a liderança de 3-2 nas Finals contra a equipe de San Francisco, o armador sairia nos minutos finais do jogo 5, após lesionar um tendão, e não voltaria mais para a série. Stephen Curry, Klay Thompson e Kevin Durant se sagrariam campeões da NBA após duas exibições patéticas da equipe do Texas.

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Desde 2009, com o New Orleans Hornets, Chris Paul teria seu caminho até o possível título barrado por lesões, seja suas (2016 e 2018) ou de seus companheiros (Tyson Chandler em 2009, por New Orleans, e Blake Griffin em 2013 e 2017).

A reviravolta

Retornando à 2019, o armador veterano seria enviado para o Oklahoma City Thunder, em troca de Russell Westbrook, após Paul George acertar sua ida para o Los Angeles Clippers, junto à inúmeras escolhas de Draft – de que Oklahoma pode se aproveitar bastante, caso o Rockets realmente rompa com o projeto atual. Dary Morey preferia arranjar outra equipe que o aportasse , provavelmente, devido a ambas as equipes estarem na Conferência Leste, mas trato feito, Sam Presti convenceu Leon Rose, agente de Paul, e o burburinho começou.

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1 dia antes de Westbrook ser enviado para reunir-se novamente com James Harden no Texas, Paul George arrumava suas malas e ia em direção a Los Angeles. Esta atitude que despertou a ira de alguns fãs, devido a renovação recente com a equipe. Shai Gilgeous-Alexander,  Gallinari, e outro caminhão de escolhas de Draft iriam para Oklahoma. A análise óbvia? Chris Paul deveria ser trocado de comum acordo com a direção, assim como o ala-pivô Danilo Gallinari, em troca de assets e escolhas. Errado.

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70 jogos, 44 vitórias, muitos placares revertidos, e 7 jogos de playoffs depois, Chris Paul e o Oklahoma City Thunder contrariaram as expectativas. Mas e agora?

O futuro

 

Chris Paul, aos 34 anos e na décima quinta temporada, contrariou a maioria das expectativas, permanecendo em Oklahoma, sendo uma das peças centrais para a equipe triunfar na temporada e nos playoffs – perder de 4-3 para o Houston Rockets, com decisões no último segundo, não é um fracasso para uma equipe que veio do nada, certo? -. Além disso, sendo importante para o desenvolvimento e o amadurecimento do núcleo jovem da equipe. Livrou-se parcialmente da fama de “ruim de vestiário” e “problemático”.

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Hoje, trocá-lo aparenta ser quase impossível, dado o seu salário restante de $44,211,146 para a temporada 20-21 antes que torne-se agente livre irrestrito. Todavia, há quem esteja disposto – ou desesperado o suficiente – a adquiri-lo por uma temporada.

Quem são as equipes (até então)?

Clippers: Kawhi Leonard, apesar do perfil introvertido, chegou, inclusive, a conversar com a armador para tentar convencê-lo a se reunir novamente com sua ex-equipe, o Los Angeles Clippers, após a tentativa fracassada de estender sua pós-temporada ao perderem para o Denver Nuggets. Paul interessou-se na proposta.

Phoenix Suns: A principal narrativa que ganhou substância nos últimos dias. Monty Williams, técnico do Phoenix Suns, quer carregar o momentum da equipe após a campanha invicta na bolha. Mavericks e Clippers seriam outras duas equipes potencialmente envolvidas. Shamet, Kelly Oubre Jr, Rick Rubio e Finney-Smith estariam sendo empacotados para Oklahoma, em troca de Chris Paul para Phoenix. Escolhas de Draft também estariam envolvidas no processo.

O armador também foi treinado por Monty Williams em 2010 e 2011, em New Orleans, e a relação com o treinador pesa a favor da troca.

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Milwaukee Bucks: Após a pós-temporada decepcionante de Eric Bledsoe, Milwaukee deve trocá-lo. Sem intenções de abalar o frontcourt, o Bucks deve ser agressivo na free agency. Dado a vontade urgente da equipe em melhorar seu backcourt. Bogdan Bogdanovic, Jrue Holiday e Victor Oladipo são outros nomes ligados  a equipe. Milwaukee espera que a chegada da free agency esquente a relação das equipes.

Philadelphia 76ers: Mesmo que a permanência de Elton Brand, a surpreendente contratação rápida de Doc Rivers, e a chegada de Daryl Morey, não apontem em direção nenhuma a respeito do futuro da equipe, há indícios de que devem estar interessados em adquirir Chris Paul. Morey não deseja trocar Embiid ou Ben Simmons. Dito isso, Josh Richardson, Tobias Harris e Al Horford devem estar incluídos em um pacote pelo armador. Escolhas também.

Enfim, por quê?

Supostamente, preocupar-se com a idade de Chris Paul e lesões seria natural. Porém, não para estas equipes. Após a eliminação para o Nuggets, o Clippers deve estar disposto a tudo. Suns, caso adquira o armador, aposta que o sucesso de Oklahoma se repita. E de fato, Paul eleva o patamar da equipe, entregando a consistência ofensiva que Rubio falhou em entregar. Dado que a janela de Booker no Suns pode estar próxima do fim, trazer Paul pode significar também o afago na cabeça de sua jovem estrela. Sixers possui bastante flexibilidade para trazê-lo, porém, seria necessário achar uma terceira equipe que aceitasse alocar Harris e Horford. Outra tarefa difícil.

Quais serão os próximos passos da estrela? É incerto. Contudo, estar tão bem cotado aos 35 anos, após ter sido o pivô de uma temporada surpreendente, apesar de seu salário e o fim trágico no Rockets, certamente representam um sucesso pessoal para a sua carreira.

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